

Os presidentes do Fed, Jerome Powell e do BC, Gabriel Galípolo | Montagem do InfoMoney/Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil e REUTERS/Tom Brenner
17 de setembro de 2025 – A aguardada Superquarta movimenta os mercados globais nesta semana, com decisões do Federal Reserve (Fed), nos Estados Unidos, e do Comitê de Política Monetária (Copom), no Brasil. Mais do que as taxas de juros em si, investidores estão atentos ao tom das declarações, que devem indicar os rumos da política monetária para os próximos meses.
De acordo com especialistas, o Fed deve reduzir a taxa básica em 0,25 ponto percentual, levando-a para o intervalo de 4% a 4,25% ao ano. O discurso do presidente Jerome Powell deve reconhecer sinais de desaquecimento no mercado de trabalho e inflação mais controlada, mas sem sinalizar um cronograma fixo de cortes.
Esse posicionamento cauteloso pode mexer diretamente nas bolsas globais, no mercado de commodities e no fluxo de capitais, já que investidores tendem a buscar retornos mais atrativos em economias emergentes.
>>>SIGA O YOUTUBE DO PORTAL TERRA DA LUZ <<<
No Brasil, a expectativa é de manutenção da Selic em 15% ao ano. O comunicado deve destacar a necessidade de juros elevados por mais tempo, mesmo diante de uma deflação recente e da queda no Índice de Atividade Econômica (IBC-Br).
Segundo analistas, a postura do Banco Central deve preservar o diferencial de juros e manter o Brasil atrativo para operações de carry trade, reforçando a entrada de dólares no curto prazo.
Cortes nos juros norte-americanos tendem a favorecer bolsas e commodities, ao reduzir o custo de capital e enfraquecer o dólar. Porém, especialistas alertam que grande parte desse otimismo já foi antecipado pelos mercados. Qualquer tom mais conservador de Powell pode gerar correções imediatas nos preços dos ativos.
Já no Brasil, apesar do cenário de atração de capitais, fatores internos como a fragilidade fiscal e o risco de um “apagão fiscal” em 2027 podem limitar o apetite de investidores estrangeiros.
Leia também | Câmara aprova PEC da Blindagem em dois turnos e conclui votação de destaques
Tags: Superquarta, Fed, Copom, juros, Jerome Powell, Gabriel Galípolo, mercado financeiro, bolsas, commodities, dólar, Selic, economia brasileira, política monetária