

Lucro expressivo e aumento da produção marcam o trimestre | Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
08 de agosto de 2025 — A Petrobras divulgou nesta quinta-feira (8) seu balanço do segundo trimestre de 2025, registrando um lucro líquido de R$ 26,7 bilhões. Apesar da queda de 24,3% em relação ao trimestre anterior, o resultado é significativamente melhor do que o mesmo período do ano passado, quando a estatal teve prejuízo de R$ 2,6 bilhões.
O bom desempenho foi impulsionado pelo aumento da produção de óleo e gás, que compensou a queda de 10% no preço do barril de Brent. Desconsiderando eventos extraordinários, o lucro ajustado ficou em R$ 23,2 bilhões (US$ 4,1 bilhões), mantendo-se em linha com o trimestre anterior.
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O EBITDA Ajustado alcançou R$ 57,9 bilhões (US$ 10,2 bilhões), enquanto o fluxo de caixa operacional (FCO) somou R$ 42,4 bilhões (US$ 7,5 bilhões), resultado direto da alta na produção de petróleo e gás natural. Os investimentos (Capex) totalizaram R$ 25,1 bilhões, com foco em projetos no pré-sal.
“Estamos acelerando nossos investimentos em projetos de alta atratividade. Apenas nos seis primeiros meses do ano, investimos R$ 48,8 bilhões, um aumento de 49% em relação a 2024”, destacou a presidente da Petrobras, Magda Chambriard.
A produção média da companhia foi de 2,32 milhões de barris de óleo por dia, um crescimento de 5% sobre o trimestre anterior e 8% em comparação ao mesmo período de 2024.
A Petrobras pagou R$ 66 bilhões em tributos no trimestre. Além disso, foram aprovados R$ 8,7 bilhões em dividendos e juros sobre capital próprio. O diretor financeiro Fernando Melgarejo reforçou a boa performance operacional e o impacto positivo da entrada de novos sistemas de produção.
A dívida bruta da companhia chegou a US$ 68,1 bilhões, aumento de 5,5% em relação ao trimestre anterior, principalmente devido ao arrendamento de plataformas como os navios Alexandre de Gusmão e Almirante Tamandaré, que somaram 270 mil barris por dia à capacidade de produção.
A estatal confirmou uma nova descoberta de petróleo de alta qualidade no bloco Aram, na Bacia de Santos, e adquiriu novos blocos exploratórios na Margem Equatorial e na Bacia de Pelotas. A Petrobras também demonstrou interesse em áreas na Costa do Marfim.
Entre os destaques operacionais está o FPSO Marechal Duque de Caxias, que atingiu sua capacidade máxima com apenas quatro poços, e o início da operação do FPSO Alexandre de Gusmão, com capacidade de 180 mil bpd. A plataforma P-78 está a caminho do Brasil e deve antecipar o início da produção em duas semanas.
O Conselho de Administração da Petrobras aprovou o pagamento de R$ 8,66 bilhões em proventos, equivalente a R$ 0,67192409 por ação ordinária e preferencial. Os pagamentos serão feitos em duas parcelas:
A data-base para os acionistas será 21 de agosto de 2025, com ações negociadas ex-direitos a partir de 22 de agosto.
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