Pela quarta vez consecutiva, o número de negativados no Ceará registrou uma queda na comparação anual. Ou seja, entre um mês e o mês do ano anterior. Na comparação de agosto deste ano com agosto de 2023, por exemplo, o recuo na inadimplência foi de 8,7%. Os dados foram divulgados nessa terça-feira (1º) pela Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Ceará (FCDL-CE) e SPC Brasil, presente na última edição do Radar do Varejo Cearense, relacionado ao mês de agosto.
Já na comparação de agosto com julho deste ano, houve um leve avanço de 0,3% na taxa de inadimplência. Ainda assim, os dados do estado mostram que o fenômeno da inadimplência vem perdendo força, a exemplo do que ocorre nos dados nacionais.
“A queda da inadimplência medida pelo Banco Central é fato a ser comemorado, por quanto nos aproximamos das datas comemorativas mais relevantes para o comércio, quando a recuperação do poder de compra do consumidor será fundamental para que possamos comemorar um ano de crescimento, desejo boas vendas a todos”, comentou Freitas Cordeiro, presidente da Federação das CDLs do Estado do Ceará.
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Com relação ao valor médio devido por cada consumidor negativado houve um aumento passando de R$ 3.461 em agosto de 2023 para R$ 4.120 para agosto de 2024 – um avanço de 19,1%. Esse valor considera a soma de todas as dívidas negativadas.
O levantamento da FCDL-CE e SPC Brasil, mostrou ainda que a maior parte dos consumidores negativados têm dívidas de até R$ 500: nessa faixa de atraso estão 32,3% dos negativados. Já na faixa de dívidas de R$ 1 mil a 2,5 mil, estão 19,8% dos negativados. Além desses, 14,7% têm dívidas que superam R$ 7,5 mil.
Ainda de acordo com os detalhamentos do indicador, cada negativado no estado tem dívidas com 2,2 credores, em média. Por fim, complementando os dados de inadimplência, o Indicador de Recuperação de Crédito mostra que houve um crescimento de 10,7% no número de consumidores que recuperaram crédito através do pagamento dos atrasos.
Na comparação entre o período de janeiro e julho de 2024 com o mesmo período do ano anterior, foi registrado um crescimento expressivo das vendas do setor – notadamente no comércio varejista, que desconsidera atividades comerciais mais específicas, como a venda de veículos, materiais para construção e atacadista de alimentação e bebidas. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.
No acumulado do ano, que compara o período de janeiro a julho de 2024 com o mesmo período de 2023, o comércio varejista do Ceará acumula alta de 8,4%, bem acima da média nacional. Já o varejo ampliado registrou recuo de 7,6% no acumulado do ano, com desempenho também acima da média nacional.
A pesquisa completa pode ser acessada no site da FCDL-CE: fcdlce.org.br
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