

Inflação recua pela décima semana consecutiva | Foto: Marcello Casal jr/Agência Brasil
04 de agosto de 2025 – O mercado financeiro voltou a reduzir a expectativa para a inflação oficial brasileira em 2025. A nova projeção do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu de 5,09% para 5,07%, de acordo com o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (4) pelo Banco Central (BC). Essa é a décima semana seguida de revisão para baixo.
Para os próximos anos, a previsão é de inflação em 4,43% (2026), 4% (2027) e 3,8% (2028).
Apesar do recuo, a projeção para este ano permanece acima do teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos — ou seja, o limite superior é 4,5%.
Em junho, mesmo com pressão da energia elétrica, o IPCA desacelerou para 0,24%, marcando a primeira queda no preço dos alimentos após nove meses. Ainda assim, o acumulado em 12 meses atingiu 5,35%, acima do teto da meta pelo sexto mês consecutivo.
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O principal instrumento de controle da inflação é a taxa básica de juros, a Selic, atualmente fixada em 15% ao ano. O Comitê de Política Monetária (Copom) interrompeu o ciclo de altas na última reunião, indicando cautela diante da política monetária dos Estados Unidos e suas possíveis repercussões.
A projeção do mercado é que a Selic se mantenha em 15% até o fim de 2025. Para 2026, a expectativa é de queda para 12,5%, seguida de novos recuos em 2027 (10,5%) e 2028 (10%).
Juros mais altos encarecem o crédito e reduzem a demanda, ajudando a controlar a inflação. Por outro lado, taxas menores estimulam o consumo e a produção, impulsionando a economia.
O Boletim Focus também manteve a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2,23% para este ano. Em 2026, a expectativa é de 1,88%, seguida de 1,95% em 2027 e 2% em 2028.
A economia brasileira avançou 1,4% no primeiro trimestre de 2025, impulsionada pelo setor agropecuário, segundo o IBGE. Em 2024, o país teve crescimento de 3,4%, completando quatro anos consecutivos de expansão econômica.
A estimativa do mercado para o dólar ao fim de 2025 é de R$ 5,60. Para o fim de 2026, a projeção sobe para R$ 5,70.
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Tags: inflação, IPCA, Banco Central, Boletim Focus, economia brasileira, PIB, Selic, juros, dólar, mercado financeiro, metas de inflação, crescimento econômico