

Governo defende isenção para salários até R$ 5 mil e nova taxa sobre super-ricos | Foto: Ricardo Stuckert/PR
01 de dezembro de 2025 — O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, em pronunciamento realizado na noite deste domingo (30), que a desigualdade no Brasil atingiu o menor nível já registrado. A declaração ocorreu durante fala em cadeia nacional de rádio e televisão, na qual Lula detalhou as novas regras do Imposto de Renda que entram em vigor a partir de janeiro de 2026, incluindo a isenção para quem ganha até R$ 5 mil mensais e a taxação adicional para contribuintes de alta renda.
Segundo o presidente, a medida beneficiará milhões de brasileiros e deverá injetar cerca de R$ 28 bilhões na economia. A sanção das mudanças tributárias ocorreu na última quarta-feira (26), em Brasília, e representa, segundo ele, o cumprimento de promessa central da campanha de 2022.
Em discurso de aproximadamente seis minutos, Lula lembrou ainda de programas implementados pelo governo federal, como Pé-de-Meia, Luz do Povo e Gás do Povo, apontando-os como pilares para a redução da desigualdade no país.
“Graças a essas e outras políticas, a desigualdade no Brasil é hoje a menor da história. Mesmo assim, o país continua entre os mais desiguais do mundo”, afirmou. Ele destacou que 1% da população concentra 63% da riqueza nacional, enquanto metade dos brasileiros detém apenas 2%.
>>>SIGA O YOUTUBE DO PORTAL TERRA DA LUZ <<<
Lula também apresentou exemplos práticos para explicar o impacto da isenção. Ele afirmou que um trabalhador que recebe R$ 4.800 mensais poderá economizar cerca de R$ 4 mil por ano — valor que classificou como “quase um décimo quarto salário”.
A compensação da perda de arrecadação virá, de acordo com o governo, da tributação sobre cerca de 140 mil contribuintes considerados super-ricos, que passarão a pagar alíquota adicional de até 10% sobre rendas superiores a R$ 600 mil por ano.
A nova lei não altera a tabela completa do Imposto de Renda, que permanece com alíquotas entre zero e 27,5%. O governo argumenta que uma correção integral custaria mais de R$ 100 bilhões ao ano. Assim, contribuintes com renda acima de R$ 7.350 continuarão sujeitos à alíquota máxima.
Atualmente, pessoas de alta renda pagam uma alíquota efetiva média de 2,5% ao considerar lucros, dividendos e outros rendimentos. Já trabalhadores em geral contribuem com taxas entre 9% e 11%.
A legislação também estabelece limites para que a soma de tributos pagos por empresas e indivíduos não ultrapasse percentuais específicos, prevendo restituição quando necessário.
Leia também | Girão oficializa pré-candidatura ao Governo do Ceará em 2026 em evento marcado por tensão interna na oposição
Tags: economia, Imposto de Renda, IRPF, Lula, governo federal, isenção do IR, super-ricos, política tributária, desigualdade social, arrecadação, reforma tributária, Brasília, programas sociais, Pé-de-Meia, Luz do Povo, Gás do Povo, tabela do IR, Receita Federal, orçamento público, taxação de altas rendas, política econômica