

Ibovespa supera marca inédita de 147 mil pontos e embala quinta alta consecutiva | Foto: reprodução
28 de outubro de 2025 — O Ibovespa encerrou o pregão desta terça-feira (28) com alta de 0,31%, atingindo 147.428,90 pontos, seu maior patamar de fechamento da história. Essa é a primeira vez que o índice ultrapassa a marca dos 147 mil pontos, impulsionado por um ambiente externo otimista e por ganhos expressivos em ações como Marfrig e Vale.
A nova máxima ocorreu pouco mais de um mês após o índice fechar acima dos 146 mil pontos pela primeira vez, em 23 de setembro. Esta também foi a quinta alta consecutiva do Ibovespa, sequência que não se via desde abril.
O real se valorizou novamente, levando o dólar comercial a cair 0,19%, cotado a R$ 5,36. Já os juros futuros (DIs) tiveram leve alta ao longo da curva.
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O avanço do Ibovespa foi influenciado por fatores internacionais, incluindo o encontro entre o presidente Lula e Donald Trump, ocorrido no domingo na Malásia, e a expectativa de um novo corte de juros nos Estados Unidos.
Segundo o economista José Alfaix, da Rio Bravo Investimentos, o Federal Reserve deve optar por antecipar o corte de juros na reunião desta quarta-feira (29). “A decisão pode ser movida pelo medo de ficar atrás da curva novamente, diante das incertezas sobre o mercado de trabalho e os efeitos das tarifas”, afirmou.
Enquanto isso, os índices de Nova York fecharam em alta, com investidores aguardando os balanços trimestrais das gigantes de tecnologia Microsoft, Apple, Alphabet, Meta e Amazon. A Europa, por sua vez, teve desempenho misto, mas Londres renovou máxima histórica.
No cenário doméstico, o foco do mercado também se voltou para a pauta fiscal. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reuniu-se com o senador Renan Calheiros, relator do projeto que prevê isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil.
Haddad defende incluir cortes de gastos para viabilizar a proposta, enquanto Renan busca acelerar a votação no Senado. A expectativa é que o texto seja apreciado na próxima semana, sem necessidade de retorno à Câmara.
O recorde histórico do Ibovespa teve forte influência de movimentos individuais de ações. A Marfrig (MRFB3) disparou 15,63%, beneficiada pelo anúncio da Sadia Halal, que reforça sua presença em mercados estratégicos do Oriente Médio. A XP Investimentos avaliou o movimento como positivo, projetando aceleração do crescimento internacional da companhia.
A Vale (VALE3) avançou 0,88%, com investidores otimistas quanto à retomada da liderança no mercado global de minério de ferro.
Os bancos também contribuíram para o desempenho positivo: Banco do Brasil subiu 0,53%, Itaú Unibanco ganhou 0,34%, e Bradesco fechou em leve alta de 0,05%. Já Santander teve queda de 0,14% às vésperas da divulgação do seu balanço do terceiro trimestre.
Entre as quedas, destaque para Petrobras (PETR4), que recuou 0,03% acompanhando a desvalorização do petróleo internacional. A presidente da estatal, Magda Chambriard, afirmou que o avanço dos projetos na Margem Equatorial não reduz o interesse em novas reservas fora do Brasil, especialmente na África.
A quarta-feira (29) promete ser movimentada com a decisão do Federal Reserve e a coletiva de Jerome Powell, que deve indicar os rumos da política monetária norte-americana e o impacto para os mercados globais.
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