No Brasil, cresce a relação da sociedade e do mercado com consumo e geração de energia a partir de fontes primárias renováveis. Tais fontes são ofertadas abundantemente na natureza, como a eólica e a solar e ambas estão presentes em todo território nacional com potenciais variáveis e com destaque para a Região Nordeste, tanto litoral quanto sertão.
Recentemente, o país ultrapassou a marca de 16 GW (16,41 Giga Watts) de capacidade instalada de geração de energia solar, segundo relatório da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), passando à frente das termelétricas.
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O cálculo leva em consideração desde placas de captação instaladas em telhados de residências, terrenos e empresas – realidade cada vez mais presente nas cidades – aos complexos formados por usinas fotovoltaicas (UFV) instalados em espaços gigantes, como podem ser vistos em cidades do interior.
Por lá, verdadeiras florestas tecnológicas de módulos de metal, vidros especiais e células fotovoltaicas dão um tom de ficção científica ao árido sertão.
É possível acompanhar os movimentos deste mercado e medir seus impactos na economia, das empresas às famílias. Segundo a Resenha do Mercado de Energia Elétrica, publicada mensalmente pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), prestadora de serviços em pesquisa e planejamento do Ministério de Minas e Energia (MME), o consumo nacional de eletricidade cresceu 2,5% em comparação ao mês de julho de 2021. No acumulado de 12 meses, o consumo nacional de energia foi da ordem de 505.831 GWh.
Ainda com dados da EPE, a indústria teve, em julho, um consumo de 15.494 GWh, seguida pelo consumo das residências, com 11.989 GWh e do comércio, com 7.164 GWh. A necessidade de ampliação da matriz elétrica é determinante para o crescimento sustentável a longo prazo destes setores.
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Variação em relação ao mesmo mês do ano anterior
Vale lembrar que na energia solar a produção, transmissão e consumo, se dão num ecossistema renovável com possibilidades de ampliação, onde o Brasil é visto como protagonista global. Essa realidade – produção energética renovável – não enxerga barreiras, podendo ser vista nas capitais e no interior, em seus múltiplos resultados e potenciais.
“Quando falamos de energia renovável, falamos de sustentabilidade a partir da energia solar, por exemplo, geradora de um custo competitivo, em termos de economia. É gerada uma cadeia de empregos, de aceleração da economia local e regional em áreas onde o desenvolvimento é menor, como no sertão”, enumera o CEO Rodrigo Mello, que está à frente da Kroma Energia. O Grupo pernambucano têm investimentos em terras cearenses com a instalação, a partir de 2023, de complexos formados por UFVs, nas cidades de Quixeré e Jaguaruana, interior do Estado.
Tais investimentos devem resultar em mais de mil vagas de empregos, diretos e indiretos, deixando um legado na região.
“Trabalhadores se tornam qualificados, com salários acima da média local, desenvolvendo as cidades que recebem estes empreendimentos e isso tudo através da geração de energia renovável”, argumenta o empresário.
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