Economia: Bolsa cai após 15 altas consecutivas e interrompe sequência histórica de recordes Após dias de forte otimismo, Ibovespa recua 0,07%, puxado pela queda das ações da Petrobras; dólar volta a subir e se aproxima de R$ 5,30

12 de novembro de 2025 — Depois de 15 pregões consecutivos de alta e uma sequência histórica de recordes, o mercado financeiro brasileiro teve um dia de correção nesta quarta-feira (12). O Ibovespa, principal índice da B3, encerrou o dia em 157.633 pontos, com queda de 0,07%, interrompendo a mais longa série de ganhos desde 1993.

Durante o pregão, o índice chegou a ultrapassar os 158 mil pontos, mas perdeu força no início da tarde, caindo até 0,74%. A recuperação parcial nas horas seguintes quase anulou as perdas, sinalizando apenas um ajuste técnico após o período de forte valorização.

Desde 21 de outubro, quando a sequência de altas começou, a bolsa brasileira acumulou ganho de 9,48%, somando alta de 31,15% no acumulado de 2025.

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Queda da Petrobras influencia desempenho do Ibovespa

O recuo do mercado foi influenciado principalmente pelo desempenho negativo das ações da Petrobras, que sofreram com a queda dos preços internacionais do petróleo.

Os papéis ordinários da estatal, que garantem direito a voto em assembleia, recuaram 2,99%, enquanto as ações preferenciais, que dão prioridade no recebimento de dividendos, caíram 2,56%.

Analistas apontam que o movimento reflete ajustes naturais após a valorização recente e que a tendência de alta da bolsa no médio prazo continua sólida, sustentada pelo cenário interno de inflação controlada e melhora nas expectativas fiscais.

Dólar volta a subir após cinco quedas seguidas

No mercado de câmbio, o dólar comercial encerrou o dia vendido a R$ 5,29, com alta de 0,37% (variação de R$ 0,019). A moeda chegou a cair para R$ 5,26 nas primeiras horas do pregão, mas reverteu o movimento e encerrou em alta, acompanhando a valorização global do dólar frente a moedas de países emergentes.

Apesar da leve alta, a moeda norte-americana ainda acumula queda de 1,64% em novembro e de 14,34% em 2025, após cinco sessões consecutivas de desvalorização.

Especialistas destacam que o movimento de hoje representa uma correção técnica após fortes ganhos no mercado de ações e não altera a percepção de melhora do ambiente econômico brasileiro.

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