

Policiais peruanos estão posicionados perto do Complexo Fronteiriço de Chacalluta para impedir a passagem de migrantes chilenos | Foto: REUTERS/Alexander Infante
29 de novembro de 2025 — O governo do Peru decretou estado de emergência na região de Tacna e iniciou o envio de tropas militares para reforçar o controle na fronteira com o Chile. A decisão ocorre após o aumento do fluxo de migrantes, principalmente venezuelanos, que tentam deixar o território chileno diante do clima de tensão causado pela campanha eleitoral do candidato de extrema-direita José Antonio Kast.
Imagens registradas em Arica, no Chile, mostram policiais peruanos posicionados próximo ao Complexo Fronteiriço de Chacalluta para impedir a passagem de grupos que buscam atravessar a divisa sem documentação. O presidente peruano, José Jeri, determinou o reforço imediato da segurança e ampliou os poderes das forças armadas na região.
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O decreto, publicado na sexta-feira (28), coloca os distritos de Palca, Tacna e La Yarada-Los Palos em estado de emergência por 60 dias. A medida autoriza atuação conjunta entre policiais e militares para combater a criminalidade e controlar a entrada e saída de migrantes.
De acordo com o Ministério do Interior, os primeiros 50 soldados já foram enviados ao posto de Santa Rosa, ponto estratégico na fronteira. Outro contingente deve chegar nos primeiros dias de dezembro, ampliando o monitoramento da divisa.
O governo peruano afirma acompanhar o fluxo desde a madrugada, mas evita divulgar números. Relatos locais indicam que famílias inteiras, incluindo crianças, têm deixado o Chile após o aumento da retórica anti-imigração.
Do lado chileno, o Ministério da Segurança reconheceu a presença crescente de migrantes tentando sair do país. A disputa eleitoral presidencial elevou o tom sobre temas migratórios, com o candidato José Antonio Kast defendendo a expulsão de estrangeiros sem documentação — proposta que causou forte apreensão entre comunidades migrantes.
A situação reacende tensões históricas nos corredores migratórios entre Venezuela, Peru e Chile e levou a administração peruana a adotar medidas preventivas para evitar a sobrecarga dos serviços na região sul do país.
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