

Casos de morte súbita durante atividades físicas aumentam e acendem alerta entre especialistas | Foto: Pixabay
28 de outubro de 2025 — Casos de morte súbita durante atividades físicas vêm sendo cada vez mais noticiados em academias e práticas ao ar livre no Brasil. Em Fortaleza, um homem de 44 anos faleceu recentemente enquanto se exercitava, reacendendo o debate sobre os riscos cardíacos associados ao esforço físico sem avaliação médica. O cardiologista Augusto Vilela, integrante da Junta Médica da Hapvida, explica que o crescimento desses episódios está diretamente ligado a fatores como uso de anabolizantes, termogênicos e pré-treinos, além da ausência de acompanhamento cardiológico regular.
>>>SIGA O YOUTUBE DO PORTAL TERRA DA LUZ <<<
A morte súbita é caracterizada por uma parada cardíaca inesperada, geralmente provocada por uma arritmia grave, como a fibrilação ventricular. O problema impede o coração de bombear sangue adequadamente, levando à perda de consciência em segundos. “Sem atendimento imediato, o óbito ocorre em poucos minutos”, alerta Vilela.
De acordo com o especialista, a combinação entre sedentarismo, retomada abrupta de treinos intensos e uso de substâncias estimulantes tem sido determinante para o aumento dos casos. Ele também destaca a presença de doenças cardíacas silenciosas, como miocardiopatias, arritmias hereditárias e doença coronariana precoce, que podem se manifestar sob esforço físico.
O cardiologista reforça que a avaliação médica antes do início de atividades físicas é indispensável, especialmente para pessoas acima dos 35 anos. “É preciso realizar exames como eletrocardiograma, teste ergométrico, ecocardiograma e avaliação clínica detalhada. Assim como revisamos um carro antes de uma viagem, devemos revisar o coração antes de submetê-lo a esforços intensos”, orienta Vilela.
Ele observa ainda que o envelhecimento da população ativa tem contribuído para o aumento dos casos. “Há mais pessoas entre 40 e 60 anos praticando exercícios intensos, muitas vezes sem preparo ou acompanhamento adequado”, acrescenta.
Além dos cuidados individuais, o especialista ressalta a importância do preparo das academias para lidar com emergências cardíacas. “Os estabelecimentos devem contar com desfibrilador externo automático (DEA) e treinar instrutores e funcionários para agir rapidamente diante de uma parada cardíaca”, afirma. Segundo ele, cada minuto sem reanimação reduz em 10% as chances de sobrevivência.
Apesar do aumento dos casos, Vilela reforça que a prática de exercícios é essencial para a saúde, desde que feita com segurança. “A prevenção salva vidas. Avaliar o coração deve ser parte do treino, não um obstáculo”, conclui.
Leia também | O Boticário lança tecnologia inédita que captura o perfume de flores vivas e transforma fragrâncias em arte
Tags: morte súbita, atividades físicas, exercícios intensos, academia, cardiologia, Hapvida, anabolizantes, termogênicos, pré-treinos, parada cardíaca, avaliação cardiológica, prevenção cardiovascular, saúde do coração, sedentarismo, risco cardíaco, eletrocardiograma, ecocardiograma, teste ergométrico, desfibrilador, primeiros socorros, bem-estar, saúde preventiva, medicina esportiva, condicionamento físico, coração saudável, Augusto Vilela