

Recursos são para construção de UBS, UPA e hospitais | Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
30 de novembro de 2025 – O Ministério da Saúde anunciou neste domingo (30) um investimento de R$ 9,8 bilhões para preparar o Sistema Único de Saúde (SUS) diante dos efeitos cada vez mais intensos das mudanças climáticas. Os recursos serão destinados à construção de novas unidades básicas de saúde (UBS), unidades de pronto atendimento (UPA) e hospitais, além da compra de equipamentos com maior capacidade de resistência a eventos extremos.
>>>SIGA O YOUTUBE DO PORTAL TERRA DA LUZ <<<
As ações fazem parte do AdaptaSUS, programa apresentado durante a COP30, em Belém, que reúne estratégias para ampliar a capacidade de resposta da rede pública de saúde às crises climáticas. Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, um em cada 12 hospitais no mundo precisa interromper suas atividades devido a desastres climáticos — dado que reforça a urgência de adaptação do setor no Brasil.
Durante o 14º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva (Abrascão), onde o anúncio foi realizado, Padilha destacou que a crise climática é também uma crise de saúde pública. No evento, o ministério lançou o Guia Nacional de Unidades de Saúde Resilientes, documento que orienta a construção e adaptação de UBS, UPA e hospitais com foco em estruturas reforçadas, autonomia de energia e água, inteligência predial e padrões ampliados de segurança.
O guia passa a integrar o Novo PAC Saúde, que prevê modernização da infraestrutura do SUS para resistir a impactos climáticos severos.
Além do lançamento do guia, o Ministério da Saúde instalou um grupo técnico formado por especialistas da própria pasta, da Fiocruz, da Anvisa, da Opas e de conselhos de saúde. A equipe será responsável por detalhar diretrizes técnicas que orientem a construção de unidades resilientes e a aquisição de equipamentos adequados às novas exigências climáticas.
Ainda durante o congresso, foi apresentada a Instância Nacional de Ética em Pesquisa (Inaep), criada para modernizar o sistema de avaliação ética de estudos com seres humanos no Brasil. A nova estrutura garante análises mais rápidas, evita duplicidades, define critérios de risco e regula biobancos, aproximando o país de padrões internacionais e fortalecendo sua participação em pesquisas clínicas globais.
Leia também | Inflação dos alimentos deve voltar a subir em 2026 após alívio registrado em 2025, apontam economistas
Tags: SUS, Ministério da Saúde, mudanças climáticas, AdaptaSUS, COP30, Alexandre Padilha, PAC Saúde, unidades de saúde resilientes, infraestrutura hospitalar, saúde pública, eventos climáticos extremos, Fiocruz, Anvisa, Opas, Inaep, ética em pesquisa, investimentos em saúde, políticas públicas, clima e saúde