

Senado Federal, em Brasília | REUTERS/Adriano Machado/File Photo
03 de novembro de 2025 — As indicações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Supremo Tribunal Federal (STF) e à Procuradoria-Geral da República (PGR) se tornaram um teste decisivo de força política do Planalto no Senado. Lula busca consolidar apoio à nomeação do advogado-geral da União, Jorge Messias, para a vaga deixada por Luís Roberto Barroso no STF e garantir a recondução de Paulo Gonet ao comando da PGR.
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Mesmo diante de resistências no Senado, o governo deve oficializar a indicação de Jorge Messias nos próximos dias. Segundo aliados, Lula pretende conversar apenas com o ex-presidente do Senado Rodrigo Pacheco (PSD-MG) antes de anunciar o nome oficialmente. A expectativa do Planalto é de que, caso Pacheco aceite e manifeste apoio, as resistências internas se dissipem.
Integrantes do PT reconhecem que a aprovação de Messias pode enfrentar dificuldades maiores do que teria com o próprio Pacheco como indicado, mas avaliam que a rejeição é improvável. Fontes próximas ao presidente Davi Alcolumbre (União-AP), defensor de Pacheco no STF, descartam qualquer tipo de retaliação ao governo.
A estratégia de Messias, após a indicação formal, será buscar apoio entre senadores de todos os partidos, incluindo a oposição, com o auxílio de parlamentares evangélicos. O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), deve coordenar as articulações políticas, repetindo o papel desempenhado em sabatinas anteriores.
“A indicação de um ministro do STF é prerrogativa constitucional. A menos que haja algo desabonador, o papel do Senado é sabatinar e aprovar”, afirmou Jaques Wagner.
O Planalto também enfrentará uma nova disputa no Senado com a sabatina de Paulo Gonet, marcada para o dia 12 de novembro, para sua recondução à Procuradoria-Geral da República. O resultado dessa votação será visto como um termômetro político para o governo antes da apreciação do nome indicado ao STF.
Parte dos senadores avalia que um revés na PGR pode enfraquecer o Planalto na negociação para o Supremo. Apesar disso, Gonet demonstra confiança na aprovação e afirma que prevalecerão razões institucionais e republicanas.
Entre os senadores, Mecias de Jesus (Republicanos-RR) declarou apoio a Jorge Messias, destacando seu “equilíbrio e preparo técnico”. Já na oposição, o tom é de cautela. Marcos Rogério (PL-RO) afirmou que “a depender de quem Lula escolher, o governo pode ter mais ou menos facilidade”.
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Tags: Lula, STF, PGR, Jorge Messias, Paulo Gonet, Senado Federal, Planalto, Rodrigo Pacheco, Davi Alcolumbre, Jaques Wagner, Mecias de Jesus, Marcos Rogério, sabatina, Supremo Tribunal Federal, Procuradoria-Geral da República, política brasileira, governo federal, articulação política, indicações de Lula, relações Executivo e Legislativo, Brasília, STF 2025, Senado 2025