

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre | Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
01 de dezembro de 2025 — Às vésperas da sabatina de Jorge Messias, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o Supremo Tribunal Federal (STF), a relação entre o governo e o Senado voltou a ficar estremecida. O presidente do Congresso Nacional, Davi Alcolumbre (União-AP), elevou o tom das críticas ao Executivo neste domingo (30), tornando pública uma insatisfação que já circulava nos bastidores.
Embora Lula tenha anunciado a escolha de Messias em 20 de novembro, o governo ainda não enviou a mensagem oficial ao Congresso. A demora é interpretada por parlamentares como uma tentativa de evitar uma possível derrota no Senado e ganhar tempo para articular votos antes da análise prevista para 10 de dezembro.
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A postura irritou Alcolumbre, que tem se mobilizado contra a aprovação de Messias. Em nota divulgada à imprensa, o senador afirmou que o Executivo estaria tentando interferir “indevidamente” na prerrogativa do Senado em avaliar a indicação ao STF.
O parlamentar ainda disse que nenhuma manobra política será capaz de influenciar a decisão da Casa e criticou possíveis tentativas de negociação por cargos e emendas.
A reação provocou resposta imediata da ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, que negou qualquer prática fisiológica por parte do governo e afirmou que as acusações são ofensivas às instituições.
O Planalto tenta adiar a sabatina para fortalecer a base de apoio, mas encontra resistência direta no presidente do Senado. A CNN revelou que Alcolumbre estuda usar a própria publicação no Diário Oficial como marco inicial do processo, permitindo que a CCJ leia a mensagem no dia 3 de dezembro, mesmo sem articulação finalizada pelo governo.
Com a crise escalando, Jorge Messias tem intensificado o tradicional périplo pelos gabinetes dos senadores em busca de apoio, prática conhecida como “beija-mão”.
A CCJ será responsável por conduzir a sabatina e a votação preliminar. Só depois o nome seguirá para o plenário, onde Messias precisará de maioria absoluta para ser aprovado.
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