

Ministros de dezenas de países desembarcam em Belém para avançar na COP30 | Foto: Bruno Peres/Agência Brasil
16 de novembro de 2025 – Ministros de Estado de vários países começam a chegar a Belém (PA) nesta semana com a missão de destravar pontos críticos de negociação na COP30, após uma etapa inicial marcada por impasses entre nações desenvolvidas e países do Sul Global. A conferência, que discute a implementação do Acordo de Paris, enfrenta desacordos sobre financiamento, metas climáticas e critérios de transparência de dados.
Países ricos defendem metas mais rígidas e maior regularidade na apresentação de dados climáticos. Já os países em desenvolvimento afirmam que só poderão ampliar compromissos se houver garantia de recursos financeiros prometidos pelas economias mais industrializadas.
As divergências se concentram em quatro eixos principais:
A especialista em política climática Stela Herschmann, do Observatório do Clima, afirmou que a chegada dos ministros pode impulsionar decisões fundamentais, já que as pautas mais sensíveis serão tratadas no nível político. “Quando chegam os ministros, ficam os assuntos mais tensos para serem destravados nas salas de negociação”, disse à CNN Brasil.
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O presidente da COP30, André Corrêa do Lago, propôs uma dinâmica de reflexão entre os países, considerando que o Acordo de Paris completa dez anos. Três perguntas devem guiar a retomada das conversas:
A expectativa é que a análise conjunta reduza a distância histórica entre os blocos negociadores.
O secretário executivo da UNFCCC, Simon Stiell, pediu mais empenho dos países nos momentos decisivos da conferência, defendendo a necessidade de escuta e concessões mútuas.
“Sei que estão cansados, mas mais uma vez peço que avancem ainda mais. O Acordo de Paris é de vocês para preservar e colocar em prática”, afirmou Stiell, reforçando o senso de urgência climática.
Ele destacou que o sucesso da COP30 depende da capacidade dos países em avançar rapidamente, considerando que temas cruciais para um resultado equilibrado já estão identificados, embora nem todos estejam prontos para negociá-los abertamente.
A primeira semana da COP30 registrou recorde de participação de povos originários, além de avanços importantes em financiamento climático, incluindo:
A Marcha Mundial pelo Clima reuniu mais de 5 mil pessoas nas ruas de Belém e reforçou o protagonismo dos povos da floresta, especialmente após diálogo entre Corrêa do Lago e lideranças Munduruku em frente à Blue Zone.
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