

Condenação de Bolsonaro completa um mês sem definição sobre recursos | Foto: Ton Molina/STF
11 de outubro de 2025 — A condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros sete réus por tentativa de golpe de Estado completa um mês neste sábado (11). O processo, julgado pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), ainda está na fase de elaboração do acórdão, documento que reúne os votos dos ministros e oficializa a decisão do colegiado.
Somente após a publicação do acórdão é que as defesas poderão apresentar recursos. Só então, o STF poderá determinar as prisões e o cumprimento das penas impostas.
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Os advogados dos réus aguardam a divulgação do conteúdo integral da decisão para definir as estratégias jurídicas. Embora os recursos raramente modifiquem o resultado, eles podem, em alguns casos, levar à redução das penas ou até à extinção da punição, como no caso de prescrição.
Entre os principais recursos previstos estão:
▶️ Embargos infringentes: utilizados quando há votos divergentes entre os ministros. Embora, neste caso, todos os votos tenham sido pela condenação, as defesas podem tentar recorrer com base em interpretações divergentes.
▶️ Embargos de declaração: servem para esclarecer eventuais contradições, omissões ou ambiguidades no acórdão. Embora não costumem mudar o resultado, podem levar a ajustes de pena ou até mesmo à extinção da punição em situações excepcionais.
As prisões dos condenados só poderão ser decretadas após o trânsito em julgado, ou seja, quando todos os recursos forem esgotados e a decisão se tornar definitiva.
Nesse momento, deverão ser aplicadas as demais determinações da Primeira Turma do STF, entre elas:
Bolsonaro segue em prisão domiciliar desde o início de agosto, mas ainda não cumpre pena definitiva. A medida foi decretada por suspeita de interferência no processo que apura a tentativa de golpe.
Segundo a Polícia Federal, há indícios de que o ex-presidente tentou pressionar autoridades brasileiras com apoio do governo dos Estados Unidos, em uma ação que teria contado com a participação do deputado Eduardo Bolsonaro e do influenciador Paulo Figueiredo.
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