

Cláudio Castro, governador do Rio de Janeiro | Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
04 de novembro de 2025 — O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) inicia nesta terça-feira (4) o julgamento que pode casssar o mandato do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), por abuso de poder econômico nas eleições de 2022. A ação é movida pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) e envolve também outros integrantes da alta cúpula política do estado.
Além de Castro, o processo investiga o vice-governador Thiago Pampolha (MDB), o presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), Rodrigo Bacellar (União), e outros dez nomes ligados ao governo estadual, entre eles Danielle Christian Ribeiro Barros, ex-secretária estadual.
O MPE alega que o grupo teria criado 27 mil cargos “fantasmas” para empregar cabos eleitorais e assegurar a reeleição de Cláudio Castro em 2022, caracterizando uso indevido da máquina pública e desequilíbrio no processo eleitoral.
A defesa do governador será conduzida por um grupo de advogados especialistas em direito eleitoral, que pretendem contestar as acusações e demonstrar a legalidade dos atos administrativos do governo.
>>>SIGA O YOUTUBE DO PORTAL TERRA DA LUZ <<<
O caso tem como relatora a ministra Isabel Gallotti, conhecida por seu perfil técnico e rigor nas análises jurídicas. A sessão está marcada para as 19h, no plenário do TSE, e pode ser suspensa por pedido de vista, o que prorrogaria o julgamento por até 30 dias.
Em primeira instância, o Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) já havia decidido contra a cassação do governador, o que levou o Ministério Público a recorrer ao TSE.
O julgamento acontece em meio à repercussão da megaoperação policial realizada nos complexos da Penha e do Alemão, que resultou na morte de 121 pessoas. A ação, planejada e executada pelas forças de segurança do governo estadual, tem sido duramente criticada por organizações sociais e entidades de direitos humanos.
Na segunda-feira (3), Cláudio Castro encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um relatório sobre a operação, afirmando que todas as ações seguiram os princípios constitucionais e as regras da ADPF das Favelas, que estabelece diretrizes para reduzir a letalidade policial no Rio de Janeiro.
Leia também | Ibovespa ultrapassa 150 mil pontos pela primeira vez e marca nona alta consecutiva
Tags: TSE, Cláudio Castro, julgamento, cassação, abuso de poder econômico, eleições 2022, Rio de Janeiro, Isabel Gallotti, Rodrigo Bacellar, Thiago Pampolha, Ministério Público Eleitoral, TRE-RJ, STF, ADPF das Favelas, operação policial, Complexo da Penha, Complexo do Alemão, segurança pública, política fluminense, crise política, Justiça Eleitoral, processo eleitoral, governo do Rio