

Daniel Vorcaro, de blusa branca e boné, saindo do CDP (Centro de Detenção Provisória) de Guarulhos) | Foto: reprodução/CNN
29 de novembro de 2025 – O empresário Daniel Vorcaro, dono do Banco Master, deixou o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Guarulhos na manhã deste sábado após ter a prisão preventiva revogada pelo Tribunal Regional Federal (TRF). A decisão, assinada pela desembargadora Solange Salgado, determinou a liberdade mediante uso de tornozeleira eletrônica e outras medidas cautelares.
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Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), a decisão foi tomada após análise de “fatos novos” apresentados pela defesa. A magistrada considerou que não há mais fundamentos para manter a medida extrema da prisão preventiva, substituindo-a por monitoramento eletrônico, retenção de passaporte, restrição de deslocamento e proibição de contato com outros investigados.
Vorcaro também deve se apresentar periodicamente à Justiça e está temporariamente impedido de exercer atividades do setor financeiro.
A decisão foi estendida a outros investigados da Operação Compliance Zero:
Augusto Ferreira Lima (ex-CEO e sócio), Luiz Antônio Bull (diretor de Compliance e Operações), Alberto Felix de Oliveira Neto (executivo de Tesouraria) e Ângelo Antônio Ribeiro da Silva (sócio).
Vorcaro foi preso no dia 17 de novembro, no Aeroporto Internacional de Guarulhos, quando embarcaria para Dubai. A Polícia Federal acompanhava seus passos e antecipou a prisão para evitar possível fuga. Após alguns dias na sede da PF, ele foi transferido para o CDP de Guarulhos no dia 24.
A defesa do banqueiro afirma que ele havia comunicado oficialmente ao Banco Central (BC) sobre a viagem horas antes da prisão, por meio de uma videoconferência registrada na agenda da autarquia. O BC ainda não se manifestou sobre o caso.
Deflagrada em 18 de novembro, a Operação Compliance Zero apura suposta emissão de títulos de crédito falsos por instituições financeiras, com possíveis crimes de gestão fraudulenta, gestão temerária e organização criminosa. Foram cumpridos 5 mandados de prisão preventiva, 2 temporárias e 25 de busca e apreensão em cinco estados e no Distrito Federal.
Ao justificar a substituição da prisão por medidas alternativas, a desembargadora destacou que, embora os crimes investigados envolvam “vultoso montante financeiro”, não há violência ou grave ameaça. Para ela, as medidas cautelares são suficientes para garantir a ordem econômica, evitar risco de fuga e assegurar a continuidade das investigações.
A defesa de Vorcaro informou que não irá se manifestar neste momento.
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