

Ex-presidente Jair Bolsonaro | Foto: Reuters/Adriano Machado
11 de setembro de 2025 – O voto do ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), pela absolvição de Jair Bolsonaro (PL) no julgamento da trama golpista, foi recebido com alívio dentro do PL e no entorno do ex-presidente. Após dias de tensão, dirigentes e parlamentares relatam que houve um “respiro” com a leitura das mais de 500 páginas do voto.
A divergência aberta por Fux reduziu a temperatura da crise e deu fôlego à militância bolsonarista, que já demonstrava sinais de desânimo. Apoiadores organizaram vigílias em frente ao condomínio de Bolsonaro, convocadas por deputados federais, em demonstração de apoio ao ex-presidente.
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Apesar do alívio momentâneo, o gesto foi considerado insuficiente para reduzir as cobranças sobre Valdemar Costa Neto. O presidente do PL é pressionado a assumir papel mais ativo na defesa de Bolsonaro, já que mantém postura discreta, o que incomoda a ala mais fiel do partido. A expectativa é que a legenda aproveite os argumentos de Fux para reforçar a narrativa da absolvição e defender a anistia como prioridade legislativa.
Em Brasília, Bolsonaro acompanhou a sessão ao lado da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Pessoas próximas afirmaram que ele reagiu com entusiasmo ao voto, demonstrando otimismo após semanas de apreensão e temor de prisão em regime fechado. Seus filhos também repercutiram a decisão: Flávio permaneceu no Senado, Carlos destacou trechos nas redes sociais e Eduardo, dos Estados Unidos, capitalizou o discurso de supostos excessos no processo.
Apesar do ânimo renovado, parlamentares do PL consideram que a condenação é inevitável, com expectativa de que a ministra Cármen Lúcia vote nesta quinta-feira (11), consolidando maioria pela condenação. Ainda assim, aliados se movem para explorar politicamente a divergência aberta por Fux e preparar a defesa de Bolsonaro em eventuais recursos.
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Tags: Jair Bolsonaro, Luiz Fux, STF, trama golpista, Valdemar Costa Neto, PL, julgamento Bolsonaro, Cármen Lúcia, absolvição Bolsonaro, política brasileira