Tribunal federal barra plano de Trump para revogar vistos e deportar imigrantes legalizados | Foto: reprodução/CNN
A Justiça dos Estados Unidos impediu o governo Trump de revogar o status legal de mais de 530 mil imigrantes da Venezuela, Cuba, Nicarágua e Haiti, em uma decisão anunciada nesta segunda-feira (14). A medida, que estava prevista para entrar em vigor em 24 de abril, abriria caminho para deportações em massa.
A ordem judicial foi emitida por uma juíza federal de Boston e representa mais um revés jurídico para o ex-presidente Donald Trump, que voltou ao poder prometendo realizar a maior operação de deportação da história do país.
Os imigrantes beneficiados são parte de um programa criado pelo ex-presidente Joe Biden, em outubro de 2022, que permitia a entrada legal de até 30 mil pessoas por mês provenientes de países com graves violações de direitos humanos. Os migrantes receberam visto de residência temporária e ingressaram no país por via aérea.
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A decisão judicial afirma que a tentativa do governo Trump de revogar o status dos imigrantes se baseou em uma interpretação incorreta da legislação migratória dos EUA. Segundo o tribunal, a administração confundiu o conceito de entrada ilegal com a situação dos que já tinham autorização formal de residência.
A revogação colocaria essas pessoas em rota de deportação imediata, retirando proteções legais anteriormente garantidas. Até o momento, o governo norte-americano não se pronunciou oficialmente sobre a decisão.
Durante a campanha eleitoral, Trump prometeu deportar milhões de imigrantes sem documentos e tem usado uma lei de 1798 para iniciar deportações de estrangeiros com antecedentes criminais, incluindo venezuelanos suspeitos de ligação com gangues como o Tren de Aragua.
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