

Entidades avaliam impacto do Plano Brasil Soberano no combate ao tarifaço norte-americano | Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
14 de agosto de 2025 — O Plano Brasil Soberano, anunciado pelo governo federal como resposta às tarifas de até 50% impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, gerou ampla repercussão no setor produtivo brasileiro. Representantes da indústria nacional elogiaram pontos como a criação de linhas de crédito com juros reduzidos, o adiamento de tributos federais e a reativação do Reintegra. No entanto, lideranças empresariais cobram agilidade na implementação das ações e avanços nas negociações bilaterais para garantir competitividade e preservar empregos.
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) classificou as medidas como positivas, ressaltando que elas atendem demandas históricas do setor, como crédito especial de até R$ 30 bilhões e prorrogação de tributos. Para o presidente da CNI, Ricardo Alban, o plano representa “um respiro” para as empresas, mas também um chamado à busca de novos mercados, especialmente junto à União Europeia.
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A Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) considerou o Plano Brasil Soberano um passo importante para mitigar os efeitos do tarifaço, já que o setor exporta cerca de US$ 2,5 bilhões por ano para os EUA. A entidade reforça a necessidade de ampliar as exclusões tarifárias e proteger cadeias produtivas integradas entre os dois países, que envolvem mais de 20 empresas químicas norte-americanas instaladas no Brasil.
A Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) aprovou as medidas, como prorrogação do drawback, reforço de fundos garantidores e ajustes no Reintegra, mas destacou que a eficácia depende da agilidade do Congresso e do Executivo.
Já a Confederação Nacional de Jovens Empresários (Conaje) celebrou a prioridade dada a pequenos e médios exportadores, mas alertou para a necessidade de critérios claros e rápida liberação de recursos para evitar o fechamento de empresas.
Em posição mais crítica, a Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) classificou as medidas como “paliativas” e acusou o governo de priorizar agendas políticas em detrimento de uma negociação efetiva com os Estados Unidos para encerrar a taxação.
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