As fintechs brasileiras parecem ter deixado os reflexos da crise provocada pela covid-19 para trás. Impactado diretamente pela pandemia, esse segmento demonstra ter recuperado fôlego em 2021 e prevê um crescimento ainda maior neste ano. Esta é a constatação da quarta edição da pesquisa Fintech Deep Dive, conduzida pela PwC Brasil em parceria com a Associação Brasileira de Fintechs (ABFintechs).
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Foram ouvidas 156 fintechs de diferentes áreas de atuação e portes, entre março e abril de 2022. Um dos indicadores que sustentam a recuperação das empresas de serviços financeiros digitais é o faturamento. O estudo revela que em 2021 o percentual de empresas com crescimento negativo ou zero reduziu para 21%, em 2020 este percentual era de 39%. Antes da pandemia, em 2019, este índice foi de 26%.
O clima de otimismo fica ainda mais evidente quando comparado com a perspectiva de crescimento para 2022. Entre as empresas participantes da pesquisa, 65% esperam dobrar o faturamento neste ano. “A pandemia foi abrasiva para a economia nacional como um todo. O que percebemos foi a resiliência na forma de atuar das fintechs e a recuperação tem acontecido.
Os novos investimentos que estes negócios receberam contribuem com esta análise. Em 2019, 36% das nossas entrevistadas alegaram ter recebido algum aporte, índice que cai para 26% em 2020 e chega a 41% no ano
passado”, aponta Luís Ruivo, sócio da PwC Brasil. Outro sinal da recuperação do mercado de fintechs são os indicadores de captação de recursos entre R$1 milhão e R$10 milhões em 2021. O volume de investimentos é
semelhante aos patamares pré-pandemia. Enquanto no ano passado, 41% das fintechs conquistaram algum tipo de investimento, em 2020, apenas 26% conquistaram algum tipo de captação. Em 2019, este percentual foi de 36%.
Ao se preparar para o futuro, as fintechs brasileiras já sabem no que apostar. Pelo que foi constatado na pesquisa Fintech Deep Dive 2022, estas empresas tendem a explorar as possibilidades do PIX e diversificar a oferta de produtos e serviços para atrair clientes. O open banking também está no radar. De acordo com o estudo, 72% das fintechs no Brasil estão desenvolvendo soluções alinhadas com as regulamentações associadas a ao PIX ou ao Open Banking.
Para 79%, já é possível colher benefícios dessas iniciativas ou preveem resultados positivos em até um ano. “O open banking tem muito potencial, que ainda não foi totalmente explorado. O mercado vai seguir em transformação em virtude desse recurso, já temos a regulação, mas ainda é preciso cuidar da infraestrutura de integração do open finance, o que exige tempo. Em um futuro próximo, devemos ver marketplaces de crédito e outros serviços
financeiros, por exemplo”, analisa Diego Perez, diretor da ABFintechs.
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O estudo também revela que o segmento de fintechs está consolidado no Brasil. A constatação pode ser vista no percentual de empresas em expansão ou consolidação que reduziu de 39% para 31% de 2020 para cá. Com o mercado tomado, novas empresas têm surgido de forma mais contida na comparação com anos anteriores.
Entre os principais segmentos de atuação das fintechs estão: crédito, meios de pagamento e bancos digitais.
De todo modo, ao realizar um raio-x no segmento, por meio do estudo, é possível resumir o perfil das fintechs brasileiras no cenário atual em três principais características: jovens, otimistas e em busca de equilíbrio financeiro.
O levantamento mostra que 68% das organizações têm menos de cinco anos de existência. Já na busca pela estabilidade financeira, 35% das empresas ouvidas alcançaram o chamado “break-even” – quando custo total e receita total se equiparam. Mais de dois terços delas atingiram esse patamar em até dois anos. Mesmo período esperado para alcançar esse ponto para 52% das fintechs que ainda não o atingiram.
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Na PwC, o nosso propósito é construir confiança na sociedade e resolver problemas importantes. Somos um Network de firmas presente em 155 países, atuando no Brasil há mais de 100 anos, dedicados à prestação de serviços de qualidade em auditoria e asseguração, consultoria tributária e societária, consultoria de negócios e assessoria em transações. Saiba mais sobre a PwC e nos diga o que é importante para sua empresa ou carreira, visitando nosso site.
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A Associação Brasileira de Fintechs (ABFintechs), fundada em 2016 por empreendedores de quatro fintechs, possui mais de 500 associadas e tem como missão garantir que o maior número possível de Fintechs se tornem realidade como negócio, além de fazer do Brasil uma referência em inovação no setor financeiro, passando a ser um fornecedor para o mundo de inovação disruptiva em finanças. Com importante papel no desenvolvimento de questões regulatórias, a Associação realiza um trabalho próximo a Agências Reguladoras e Autarquias como a Comissão de
Valores Mobiliários (CVM), Banco Central do Brasil (BCB), Superintendência de Seguros Privados (Susep), Ministério da Economia, dentre outras, com importantes conquistas alcançadas até o momento como a Instrução CVM 588, Resolução 4656 do BC e Sandbox regulatório. Conta com representantes no Comitê Nacional de Iniciativas
de Apoio a Startups, do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, foi indicado como órgão oficial na estrutura de governança do Open Banking no Banco Central.
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