O verão chegou, com seus dias ensolarados e de muito calor. Para curtir com saúde e responsabilidade a estação mais quente do ano, é importante adotar alguns cuidados básicos, já que algumas infecções, queimaduras e outras doenças se tornam mais frequentes.
“Um dos itens prioritários da lista é a pele, que fica mais exposta aos raios solares, UVA e UVB, principalmente no período festivo e de férias, onde as praias, piscinas e rios ficam lotados. Além das queimaduras momentâneas, que podem estragar o seu momento de lazer, há ainda o risco do câncer de pele, tipo mais frequente da doença no Brasil”, alerta Gisele Abud, médica e diretora Técnica da Unidade de Pronto Atendimento 24h (UPA) Zona Leste, em Santos.
A unidade, que pertence a rede pública de saúde da Prefeitura de Santos, sendo gerenciada pela entidade filantrópica Pró-Saúde, está localizada na região litorânea do estado de São Paulo e atua como referência para urgências em Clínica Médica, Ortopedia, Pediatria e Odontologia.
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Os raios UVA, que respondem por cerca de 95% da radiação emitida pelo sol, são os mais preocupantes para a saúde, pois estão presentes todos os dias e atingem camadas profundas da pele. Já o UVB, é comum nas estações mais quentes, como o verão, e atinge camadas superficiais da pele, causando vermelhidão e queimaduras.
“A diferença entre eles está, principalmente, na profundidade dos danos causados por cada um na pele. É muito importante usar protetor solar com fator de proteção e quantidade adequadas, evitar os horários de maior incidência do sol e utilizar roupas e acessórios para complementar a proteção”, orienta a profissional.
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Outro ponto de atenção é em relação à alimentação. “Qualquer alimento preparado com muita antecedência e não armazenado de forma apropriada, ou sem os cuidados de higiene adequados, pode servir como meio de cultura para as bactérias, ocasionando quadros de intoxicação alimentar”, explica Gisele. “Por isso, nesta época de altas temperaturas é necessário ter uma atenção redobrada com a higienização, o preparo e o armazenamento dos alimentos”, complementa.
A intoxicação alimentar pode apresentar desde sintomas leves e moderados, que variam entre dor abdominal, náuseas, vômitos e diarreia – ocasionando desidratação –, até casos mais extremos, com quadros abdominais graves com risco de paralisia muscular, com consequente parada respiratória.
É essencial ter atenção aos alimentos consumidos, dando prioridade para os ricos em água – para favorecer a hidratação – , e de fácil digestão, como as frutas, legumes e verduras. “Evite os alimentos com alta densidade calórica ou muito gordurosos, como frituras, já que são mais difíceis de serem digeridos e por isso podem causar desconforto e mal-estar”, enfatiza a diretora da UPA.
Para se manter hidratado, o recomendado é ingerir, pelo menos, dois litros de água diariamente. Temperatura, exposição solar e atividade física são os fatores mais comuns que aumentam o volume de água necessária a ser reposta no organismo. “É importante lembrar ainda que o consumo excessivo de bebidas alcóolicas também favorece a desidratação, por isso, além de beber moderadamente, é importante intercalar com o consumo de água”, orienta Gisele.
Em regiões litorâneas como a Baixada Santista, vale ainda o alerta em relação aos afogamentos. “A maioria das mortes ocorre porque as pessoas ignoram os riscos, não respeitam seus limites pessoais e não sabem como agir nessas situações”, lembra a médica. No Brasil, as principais causas de afogamento nas praias são a ingestão de bebidas alcoólicas, correntes de retorno, depressão no fundo das praias e o impacto das ondas, que arremessa o banhista para baixo.
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