Hoje, 85% dos consumidores globais já compram online, e o Brasil está cada vez mais em evidência nesse cenário. De acordo com levantamento da Insider Monkey, o país ocupa o 12º lugar no ranking de principais mercados de e-commerce do mundo, e a expectativa é de que suba cada vez mais nessa lista. Com o comércio eletrônico em constante expansão, os desafios também se tornam cada vez mais complexos: as crescentes ameaças de fraudes, especialmente provenientes da dark web.
Existem vários golpes sofisticados que utilizam softwares especializados para causar danos aos e-commerces e seus consumidores. Entre eles, destacam-se as fraudes relacionadas ao sistema de pagamentos PIX, que têm aumentado significativamente devido à sua instantaneidade e popularidade. Os criminosos utilizam diversas técnicas, incluindo engenharia social, para enganar as vítimas e obter vantagens financeiras.
Esta realidade sombria desencadeia uma rede de atividades fraudulentas que se amplia exponencialmente, desde a invasão de contas (ATO) até fraudes de pagamento, resultando em estornos e até mesmo em fraudes amigáveis. O grande desafio para os negócios online é lidar com a combinação de fraudes baseadas em inteligência artificial, alimentadas por dados da dark web e conduzidas por fraudadores experientes.
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Para se preparar para o que está por vir em 2024, listo aqui alguns dos vários tipos de golpes e estratégias de proteção que podem ser adotadas para cada um deles:
É importante transformar os vetores de fraude em oportunidades defensivas. Compreender as táticas dos fraudadores permite uma rápida engenharia reversa de suas estratégias. A abordagem tradicional de listas de bloqueio tornou-se obsoleta, já que as ameaças evoluem rapidamente. Assim, a identificação em tempo real torna-se essencial.
Nesse cenário, a inteligência artificial e o machine learning são ferramentas cruciais no combate às fraudes, permitindo a análise de grandes volumes de dados e a detecção de atividades suspeitas. Hoje, sistemas de gestão de fraude baseados em IA podem detectar e prevenir fraudes de pagamento, roubos de identidade e ataques de phishing, adaptando-se e aprendendo novos padrões de fraude ao longo do tempo.
Para combater ameaças como account takeover e fraudes de pagamento, incluindo as relacionadas ao Pix, empresas precisam adotar tecnologias de detecção de riscos em tempo real. Fingerprinting, análise comportamental e modelos de machine learning desenvolvidos para casos de uso específicos são fundamentais para rastrear usuários e transações e, principalmente, diferenciar clientes de golpistas.
O uso de ferramentas como verificação de cartão de crédito, serviços de verificação de identidade, autenticação de dois fatores por telefone e autenticação segura 3D são essenciais para a detecção e prevenção de fraudes.
Uma estratégia eficaz para combater a fraude amigável é o uso de ferramentas de rastreamento de entrega que confirmam a chegada de pacotes e processos de devolução e reembolso fáceis para os clientes, para que não sejam tentados a solicitar estornos por conveniência.
Configurar alertas para reembolsos rápidos e ter evidências substanciais para combater fraudes amigáveis é crucial. A implementação de soluções como o Order Insight, enviando dados convincentes às redes de cartões, é uma estratégia que funciona.
Além disso, é vital alinhar as medidas de segurança com as expectativas e demandas dos consumidores. Oferecer uma experiência de compra online segura e tranquila é um diferencial competitivo cada vez mais valorizado pelos clientes.
Um aspecto crucial para se proteger desses golpes é a conscientização e educação sobre os possíveis riscos. Por exemplo, é importante estar atento ao realizar transações pelo celular ou pagar algo via QR Code. Desconfiar de ligações de pessoas alegando ser funcionários de bancos ou outras empresas também é essencial. Em um mundo onde a tecnologia avança rapidamente, os esforços para proteger os negócios online contra fraudes devem ser ágeis e adaptáveis. O investimento em inteligência, tecnologia e atendimento às demandas do mercado é a chave para proteger os e-commerces em 2024 e além.
Thiago Bertacchini é responsável pelo Desenvolvimento de Negócios Sênior da Nethone
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