É impressionante como a tecnologia evolui cada vez mais rápido. Há alguns dias, discutíamos bastante sobre o futuro da Web3 e o impacto do Metaverso no mercado. Hoje, a bola do jogo está com as tecnologias de Inteligência Artificial, principalmente as mais conhecidas: ChatGPT e DeepAI, respectivamente. Já ouviu falar em alguma dessas ferramentas?
O ChatGPT (Generative Pre-Trained Transformer) é um algoritmo baseado em Inteligência Artificial com foco em diálogos virtuais. Basicamente, você entra em um site, faz uma pergunta e a plataforma fornece uma resposta a partir da análise e da conexão rápida das informações disponíveis na web.
Quem desenvolveu a tecnologia foi um laboratório sem fins lucrativos chamado OpenAI e que, depois de receber aportes de Elon Musk (Tesla), Peter Thiel (PayPal) e Reid Hoffman (LinkedIn), contou com um investimento bilionário da Microsoft. Inclusive, os valores chegaram a US$ 10 bilhões em alguns anos. O objetivo da empresa é contar com o ChatGPT implementado em suas próprias ferramentas, como o Word, o Excel e até o Teams. Já imaginou?
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O algoritmo teve como base, para o seu desenvolvimento, as redes neurais e o machine learning, o que permite a sua evolução ao longo do tempo, aprimorando a experiência do usuário na plataforma. O desenvolvimento do ChatGPT é tão impressionante que ele já foi aprovado em provas para médico, advogado e MBA nos Estados Unidos.
Outra ferramenta que ganha espaço no dia a dia das empresas, principalmente entre os profissionais de marketing, é a chamada DeepAI, uma solução de Inteligência Artificial que cria imagens, fotos, personagens e até obras de arte a partir de um texto descritivo sobre o que você gostaria de receber.
O propósito é bem parecido com o ChatGPT, mas a sua “especialidade” é outra, mais voltada a imagens. Para usá-la, basta escrever detalhadamente a imagem que você imagina, escolher o estilo e pronto. Em apenas alguns segundos, a obra de arte estará feita. Inclusive, ela já ganhou prêmios em concursos de arte ao redor do mundo.
Essa ferramenta pode ser bastante útil no processo criativo, mas está tirando o sono de muitos profissionais de criação e design, além de outros artistas de diferentes áreas, em todo o mundo. Afinal, ela poderia substituir o trabalho de uma pessoa? Escrevendo ou desenhando, eu ainda acredito que não.
É importante ressaltar que a tecnologia é sempre um meio e nunca um fim para qualquer hábito ou trabalho que ela venha facilitar. Seu objetivo é apoiar e não substituir o trabalho de uma pessoa. Tanto para os profissionais que escrevem quanto para os artistas ou designers, essas ferramentas agilizam os processos burocráticos e, assim, sobra mais tempo para as pessoas se dedicarem para aquilo que é mais importante ou estratégico.
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No entanto, existe um ponto que considero mais sensível. Qual é a origem dessas informações que, combinadas, geram a resposta entregue pela tecnologia? Alguém criou, escreveu, desenvolveu e publicou em algum lugar. Caso contrário, não seria possível fazer a conexão e um texto que pode, até mesmo, ser aprovado em uma universidade.
A definição dessa origem ainda não está muito clara para ninguém e isso é arriscado para quem deseja simplesmente tomar como base o que é reproduzido por soluções como ChatGPT e DeepAI.
Outro ponto a ser levantado é a curadoria. É realmente mais efetivo perguntar à Inteligência Artificial do que pesquisar, ler, estudar e filtrar o que é relevante ou não? Tudo faz parte do processo criativo e as novas ferramentas ajudam, sim, a melhorar cada vez mais as entregas, mas a ação humana ainda é o que faz a diferença.
Nesse sentido, o caminho mais seguro é usar esses instrumentos para levantar referências, otimizando o tempo de curadoria, para você mesmo criar depois. Afinal, existe uma linha tênue entre a reprodução de conteúdo envolvendo direitos autorais e o plágio, que deve ser levada em consideração. Qual é a empresa que correria esse risco?
Por isso, quando vejo notícias falando sobre demissões nas big techs e até a possibilidade de essas ferramentas substituírem o trabalho das pessoas, confesso que sou bastante cético quanto ao futuro. Ao invés de seguir uma linha mais Skynet apocalíptica com direito ao domínio das máquinas, acredito que elas serão mais usadas para eliminar os trabalhos manuais e burocráticos.
É a inovação que move a sociedade e nos leva mais longe, mudando nossos hábitos e facilitando nossas vidas. Esse processo de aprendizado faz parte da evolução e é muito importante estarmos todos preparados para ele. Só assim é que poderemos extrair ao máximo o seu potencial e obter os melhores resultados.
Você já usou o ChatGPT ou a DeepAI em algum momento no dia a dia do seu trabalho? Vale a pena testá-las para entender como elas podem ser utilizadas na sua rotina.
A tecnologia está batendo à porta e a inovação sempre chega para todos. Não adianta ignorar ou brigar com isso. É melhor deixar ela entrar, servir um café e começar uma conversa para entender como todos podem se ajudar em prol da evolução não só do mercado, mas da sociedade em geral. Como você está se preparando para essa nova realidade? Conte nos comentários.
Cristovão Wanderley é sócio-diretor da Stratlab e Especialista em Tecnologia e Dados, responsável por inovação, estudo de tendências de tecnologia e adoção de novas ferramentas, além de desenvolver estratégias de negócio por meio do marketing digital. É especialista em análise de dados para que informações sejam traduzidas em ações que resultem em aumento de ROI, receita e geração de leads.
Formado em Design Gráfico pela Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP) e com especialização em MKT, Comunicação, Gestão de Mídias Sociais, DMB, Digital Transformation & Big Data – todos pela Escola Superior de Propaganda e MKT (ESPM), Cristovão tem ainda larga experiência em Growth Strategy, SEO estruturado para vendas e Social Selling.
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Com sete anos de atuação, a Stratlab integra equipes multidisciplinares e ferramentas avançadas com o objetivo de contribuir para o crescimento e o desenvolvimento dos negócios no ambiente digital. Nos últimos sete anos, implementou estratégias em mais de 200 empresas, envolvendo mais de 10.000 profissionais. Para mais informações (clique aqui).
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