Não por acaso, o lixo se tornou um foco de atenção para entidades e governos que se preocupam com a preservação do meio ambiente — o que em última análise diz respeito à nossa própria sobrevivência. Mas, se não fizermos o acompanhamento da cadeia final desses resíduos, não vamos mais ter espaço ou recursos naturais no mundo.
É verdade que já há progressos na gestão correta de resíduos sólidos, mas não basta monitorar o descarte em grandes empresas para combater a poluição. Das mais de 20 milhões de empresas ativas no país, cerca de 10% são classificadas como pequenas e médias e estão igualmente envolvidas na geração de resíduos.
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Muitos ainda consideram que as PMEs não precisam implementar uma gestão integrada ambiental. Porém, a única diferença entre pequenas e grandes é que essas precisam de uma gestão operacional mais planejada. Para as empresas menores, é preciso um estudo logístico mais cuidadoso para não impactar o custo do projeto ambiental, já que os volumes de lixo são menores, as empresas nem sempre possuem equipamentos para a coleta e necessitam de uma alta frequência de retiradas de lixo.
Esse é o x da questão para as PMEs, que muitas vezes optam por fazer o mínimo necessário para satisfazer uma auditoria legal e não dedicam atenção técnica para a geração de resíduos, levados sem triagem para aterros superlotados. Correm, ainda, o risco de usar fornecedores não homologados, que muitas vezes despejam o lixo em locais inapropriados. E pode acabar penalizada pela falta ou descumprimentos da legislação — fornecedores, por exemplo, precisam estar registrados e licenciados, e há diversos prazos e exigências em documentos ambientais exigidos por municípios, estados e federação.
O Brasil tem uma legislação muito eficiente e bem desenhada, mas uma fiscalização ineficiente por falta de recursos e investimento em pessoal. Por isso, as empresas têm um ritmo mais demorado para atender a legislação, e a cidade e o país sofrem as consequências. Uma gestão integrada e correta é importante no combate à poluição, porque torna possível mapear toda a geração de resíduos, tratá-los e beneficiar empresas e meio ambiente.
Chicko Sousa é CEO da GreenPlat
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A GreenPlat é uma startup brasileira criadora do software SaaS (software como serviço) PlataformaVerde™ para gestão ambiental, responsável por fazer o controle e a rastreabilidade em blockchain de cadeias produtivas para empresas e governos. A startup tem o objetivo de acelerar uma produção mais sustentável e sua solução gerencia todas as etapas do processo produtivo, além de licenças, certificados, transportes, matérias-primas, resíduos e indicadores ambientais que vão do consumo de água, resíduos, energia a emissão de carbono. A startup completou cinco anos de atuação com importantes reconhecimentos mundiais: é a primeira startup na área ambiental a ser reconhecida como Technology Pioneer pelo World Economic Forum, além de ser membro integrante do Toilet Board Coalition, coalisão internacional de conselho sanitário. São cerca de 3 mil clientes no setor privado usando o software PlataformaVerde™, além de 700 mil usuários em sua solução freemium do seu software direcionado ao setor público.
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