As trilhas de longo curso do Brasil ganharam um espaço especial durante a 48ª edição da Abav Expo, realizada em Fortaleza (CE). Durante os três dias do evento, a Associação Rede Brasileira de Trilhas de Longo Curso e os Caminhos das Ararunas representaram o extenso grupo de percursos no país. A ideia é fortalecer e posicionar a marca “Trilhas do Brasil” e a logomarca “pegadas amarelas e pretas”, que representa a existência de uma sinalização padronizada.
Para o ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, o segmento merece promoção. “Nós temos um país imenso, mais de 8 mil quilômetros de trilhas já identificadas e seis biomas incríveis que precisam ser valorizados e conhecidos pelos brasileiros e por turistas internacionais. Então, precisamos unir nossas forças, padronizar estes percursos e desenvolver este segmento de turismo, que é a grande aposta desta nova demanda do país”, ressaltou o ministro.
A Trilha Caminhos das Ararunas foi pensada para ser uma estrada 100% natural, entre os municípios paraibanos de Riachão e Cuité, que cruza o município de Araruna, sendo uma ecovia com mais de 100 quilômetros. O percurso passa entre serras, cânions, vegetação xerófita, resquícios de Mata Atlântica, rios e riachos em sua maioria intermitentes, pertencentes à bacia do Rio Curimataú, sobre o Monte das Gameleiras. Agentes de viagens e visitantes da feira estão tendo mais informações sobre esse produto turístico inovador do estado da Paraíba.
Já a rede nacional, criada por voluntários da sociedade civil em parceria com os ministérios do Turismo e do Meio Ambiente e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), além de estados e municípios, tem o objetivo de conectar paisagens e ecossistemas brasileiros para promover a estruturação e a ampla visibilidade da oferta turística de natureza. No estande serão prestadas informações sobre as diversas trilhas brasileiras que fazem parte da associação nacional.
A RedeTrilhas tem por objetivos ampliar e diversificar a oferta turística brasileira, de modo a estimular o turismo em áreas naturais, gerar emprego e renda para as comunidades nas quais os percursos se desenvolvem e promover as trilhas de longo curso como instrumento de conservação da biodiversidade. Além disso, busca conferir maior significado aos parques nacionais a partir da criação de rotas turísticas integradas que fortalecem a conexão entre as mais diversas paisagens do Brasil.
Para aderir à RedeTrilhas, os interessados devem apresentar propostas para a Secretaria de Ecoturismo do Ministério do Meio Ambiente, cabendo à análise ao MMA, MTur e ICMBio, de acordo com os requisitos estabelecidos na Portaria Conjunta MMA/MTur/ICMBio nº 500, de 15 de setembro de 2020. Os percursos deverão seguir padrões de mapeamento, identificação (símbolos de pegadas amarelas e pretas), acesso a serviços, indicação de pontos de apoio, pernoite e de interesse turístico, a fim de proporcionar mais segurança aos visitantes.
Por Victor Maciel/Ministério do Turismo
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