

Cenário externo sustenta alta da Bolsa brasileira | Foto: Shutterstock
02 de dezembro de 2025 — O Ibovespa voltou a renovar recordes nesta terça-feira (2), alcançando pela primeira vez a faixa dos 161 mil pontos e consolidando a trajetória de forte valorização que marcou o mercado financeiro ao longo de 2025. A combinação entre expectativas positivas sobre a política monetária dos Estados Unidos e a leitura de estabilidade no cenário interno elevou o apetite dos investidores.
O principal índice da Bolsa brasileira encerrou o pregão em 161.092,25 pontos, com alta de 1,56%, e volume financeiro de R$ 24,55 bilhões. Na mínima do dia, chegou a 158.611,50 pontos. A perspectiva de cortes de juros nos EUA em 2026 e a manutenção da Selic em 15% ao ano reforçam o movimento de otimismo.
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Os dirigentes do Federal Reserve entraram em período de silêncio antes da próxima decisão de juros, marcada para a próxima quarta-feira (11). A expectativa de que o banco central norte-americano inicie a redução das taxas no próximo ano impulsiona ativos de risco globalmente, beneficiando também o mercado brasileiro.
No campo político, analistas avaliam que a piora recente nos índices de aprovação do governo Lula reduz receios do mercado sobre continuidade de políticas fiscais consideradas expansionistas, contribuindo para o sentimento positivo no curto prazo.
A reunião em Moscou entre Vladimir Putin e o enviado especial dos EUA, Steve Witkoff, reacendeu discussões sobre possíveis avanços em negociações de paz no conflito Rússia–Ucrânia. Apesar dos confrontos intensos no front, qualquer sinal de distensão tende a diminuir pressões nos mercados globais.
Internamente, o IBGE divulgou que a produção industrial subiu 0,1% em outubro, abaixo do esperado. O dado reforça leituras de desaceleração econômica, mas mantém projeções de um dos soft landings mais suaves entre grandes economias, segundo analistas do Bradesco BBI.
Relatórios de casas financeiras destacam que o índice permanece em tendência de alta. Projeções do Itaú BBA apontam alvos entre 165 mil e 180 mil pontos, enquanto bancos internacionais mostram ainda mais otimismo:
A expectativa é de que o primeiro corte da Selic ocorra entre janeiro e março de 2026, embora declarações recentes do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, reforcem cautela no ritmo de afrouxamento monetário.
Segundo o Bradesco BBI, o ciclo de queda dos juros costuma ser decisivo: nos 12 meses após o início do processo, o Ibovespa historicamente registra altas significativas — e mesmo em máximas históricas, ainda há espaço para valorização.
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