

Ministro Padilha alerta para o estigma e prevenção à doença | Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
01 de dezembro de 2025 – O Brasil celebra, neste Dia Mundial de Luta contra o HIV, os avanços alcançados no combate ao vírus, ao mesmo tempo em que reforça a importância da prevenção, do enfrentamento ao estigma e da ampliação do acesso ao tratamento. A data marca também o início do Dezembro Vermelho, mês dedicado à conscientização sobre HIV e aids em todo o país.
Ao lembrar a data, o secretário-geral da ONU, António Guterres, alertou que décadas de progresso no combate ao HIV estão ameaçadas devido à interrupção de programas essenciais, redução de financiamentos, queda no apoio comunitário e legislações punitivas que impedem o acesso a cuidados, principalmente entre populações vulneráveis. Ele reforçou que eliminar a aids exige investimento em prevenção, fortalecimento das comunidades e garantia de tratamento universal.
Atualmente, 40,8 milhões de pessoas vivem com HIV no mundo. Dados do Unaids indicam que, em 2024, ocorreram 1,3 milhão de novas infecções, e 9,2 milhões de pessoas ainda não têm acesso ao tratamento.
>>>SIGA O YOUTUBE DO PORTAL TERRA DA LUZ <<<
O Boletim Epidemiológico HIV e Aids (2024) mostra que o Brasil registrou 1.165.599 casos de infecção desde 1980, com média anual de 36 mil novos registros nos últimos cinco anos.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou avanços expressivos, como a redução da mortalidade e a eliminação da transmissão vertical como problema de saúde pública, graças ao SUS e ao Programa Nacional de Combate à Aids. No entanto, ele alertou que ainda há barreiras importantes no acesso universal à prevenção, ao cuidado contínuo e no combate ao estigma.
O Brasil é signatário das metas da Organização Mundial da Saúde (OMS) para eliminar a aids como problema de saúde pública até 2030. Os objetivos incluem:
O país também se comprometeu a reduzir em 90% a incidência de HIV e o número de óbitos por aids até 2030, em comparação com 2010.
A taxa de detecção de aids no país é de 17,8 casos por 100 mil habitantes, com maior concentração entre pessoas de 25 a 34 anos. A principal forma de transmissão permanece sendo a sexual, responsável por 75,3% dos casos entre indivíduos com 13 anos ou mais.
Entre os destaques do boletim:
Os dados reforçam a necessidade de ampliar o acesso ao diagnóstico, fortalecer ações de prevenção e combater desigualdades estruturais que impactam diretamente as populações mais vulneráveis.
Leia também | Herança de Silvio Santos terá perícia independente após família contestar imposto sobre R$ 429 milhões
Tags: HIV, aids, Dia Mundial de Luta contra o HIV, Dezembro Vermelho, Ministério da Saúde, Alexandre Padilha, UNAIDS, ONU, OMS, saúde pública, prevenção ao HIV, tratamento antirretroviral, transmissão vertical, estigma, epidemiologia, políticas de saúde, SUS, Brasil, dados epidemiológicos, metas 95-95-95, saúde global