

O empréstimo de R$ 20 bilhões foi aprovado pelo Conselho dos Correios com aval do Tesouro, em operação negociada por cinco bancos | Foto: Pablo Le Roy/Ministério das Comunicações
30 de novembro de 2025 — Os Correios aguardam o aval do Ministério da Fazenda para contratar o empréstimo de R$ 20 bilhões autorizado pelo conselho de administração da empresa. O crédito, que será viabilizado por um consórcio de bancos públicos e privados, faz parte do plano de reestruturação da estatal, que acumula prejuízo de R$ 6 bilhões até setembro deste ano.
A contratação do empréstimo ainda depende da análise do Tesouro Nacional — responsável por garantir a operação — e da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN). Segundo a CNN Brasil, o Ministério da Fazenda informou que não há, oficialmente, nenhuma operação dos Correios em análise até o momento.
A composição do pool de bancos deve incluir Citibank, Banco do Brasil, BTG Pactual, ABC Brasil e Safra, conforme membros da alta cúpula da estatal.
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O empréstimo deve ser dividido em duas ou mais parcelas, evitando que o montante permaneça parado no caixa da empresa e gere despesas com juros, já que parte da aplicação dos recursos só ocorrerá em 2026. O prazo total de pagamento será de até 15 anos, com carência mínima de dois anos. A estatal estima sair do vermelho apenas em 2027, quando espera já ter consolidado sua reestruturação.
As demonstrações contábeis do terceiro trimestre, aprovadas na sexta-feira (28), mostram que o rombo da empresa triplicou em relação ao mesmo período de 2024, saltando de R$ 2,1 bilhões para R$ 6 bilhões. Entre os fatores que pressionaram o balanço estão queda de receitas, aumento de despesas operacionais e novas obrigações judiciais e trabalhistas.
Apresentado em 15 de outubro, o plano de reestruturação prevê fechamento de até mil agências deficitárias, programa de demissão voluntária, revisão dos planos de saúde e venda de imóveis — medida que pode gerar até R$ 1,5 bilhão. A estimativa é de que cerca de 10 mil funcionários sejam desligados.
Os serviços postais universais, considerados compromisso estratégico e social, serão mantidos. No primeiro semestre de 2025, tais serviços geraram custo de R$ 5,4 bilhões, com déficit líquido de R$ 4,5 bilhões.
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