

Sobrecarga aumenta risco de inflamações e danos irreversíveis | Foto: divulgação
29 de novembro de 2025 — Profissionais que passam muitas horas em pé, especialmente sem pausas adequadas ou condições ergonômicas, estão mais vulneráveis a desenvolver lesões ósseas e articulares graves. Segundo o médico ortopedista da Cooperativa dos Médicos Traumatologistas e Ortopedistas do Estado do Ceará (Coomtoce), Dr. Romero Bilhar, o problema se intensifica no fim do ano, período em que o comércio reforça equipes com trabalhadores temporários frequentemente sem preparo físico ou adaptação ao ritmo intenso da temporada.
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O especialista explica que, após algumas semanas de atividade contínua, muitos trabalhadores começam a apresentar sintomas como inchaços e dores intensas nos pés, calcanhares, joelhos e lombar — sinais claros de sobrecarga. Dr. Bilhar alerta que profissionais que permanecem mais de seis horas seguidas em pé têm maior probabilidade de desenvolver inflamações e desgastes que podem se tornar irreversíveis, como fascite plantar, joanetes, artrose precoce dos joelhos e hérnias de disco.
Segundo o ortopedista, a posição vertical contínua impõe ao corpo uma carga para a qual o esqueleto humano não foi projetado. “A compressão repetitiva das articulações, a fadiga muscular e a falta de variação postural criam um terreno fértil para o surgimento de problemas que só tendem a piorar ao longo do tempo, afetando toda a cadeia biomecânica”, explica.
Para minimizar os danos, o especialista recomenda medidas simples e acessíveis. “Alternar a postura, realizar pausas de cinco minutos a cada hora, utilizar calçados com boa absorção de impacto, incluir palmilhas adequadas e fazer alongamentos antes e depois do expediente são atitudes que fazem diferença ao longo do tempo”, orienta Dr. Bilhar.
Além disso, programas de ergonomia, ajustes de mobiliário, apoios para alternar o peso entre as pernas e ginástica laboral são iniciativas de baixo custo que podem ser adotadas pelos empregadores, especialmente durante a temporada de contratações temporárias. Para o médico da Coomtoce, o tema precisa ganhar prioridade no debate sobre saúde ocupacional. “Estamos falando de milhões de trabalhadores expostos a um risco silencioso e totalmente evitável. É urgente investir em prevenção”, defende.
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