

Às 00h07 deste sábado (22), o sistema do Centro Integrado de Monitoração Eletrônica (CIME) registrou o alerta de violação. Horas depois, Bolsonaro foi preso pela Polícia Federal | Foto: SEAP/divulgação
22 de novembro de 2025 – O ex-presidente Jair Bolsonaro utilizou um ferro de solda para tentar abrir a tornozeleira eletrônica que usava durante o cumprimento de prisão domiciliar. A informação consta em relatório da Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seap), enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) junto com um vídeo em que o próprio Bolsonaro admite a avaria.
“[Foi] curiosidade”, declarou Bolsonaro, afirmando que a tentativa ocorreu na tarde de sexta-feira (21). Às 00h07 deste sábado (22), o sistema do Centro Integrado de Monitoração Eletrônica (CIME) registrou o alerta de violação. Horas depois, ele foi preso pela Polícia Federal.
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O ministro Alexandre de Moraes retirou o sigilo do conteúdo e determinou prazo de 24 horas para a defesa do ex-presidente se manifestar. Segundo o documento, o equipamento apresentava “sinais claros e importantes de avaria”, incluindo queimaduras ao redor de toda a circunferência e danos no encaixe do case.
Questionado, Bolsonaro confirmou ter usado um ferro de solda para tentar abrir a tornozeleira, que precisou ser substituída por um novo dispositivo.
Ainda na sexta-feira, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) convocou uma vigília de orações nas proximidades da casa onde o pai cumpria prisão domiciliar desde 4 de agosto. Na decisão que determinou a prisão preventiva, Moraes afirmou que a reunião poderia causar tumulto e até mesmo facilitar “eventual tentativa de fuga do réu”.
Bolsonaro foi condenado a 27 anos e três meses de prisão na ação penal do núcleo principal da trama golpista. As penas podem começar a ser executadas nas próximas semanas, já que a Primeira Turma do STF rejeitou os embargos de declaração apresentados por ele e outros seis réus. O prazo para a entrega dos últimos recursos termina neste domingo (23). Se forem negados, a prisão em regime fechado será determinada.
A defesa solicitou, na sexta-feira (21), a concessão de prisão domiciliar humanitária, alegando doenças permanentes e necessidade de acompanhamento médico intensivo. Moraes negou o pedido neste sábado (22). Os advogados afirmam que recorrerão da decisão.
Bolsonaro já cumpria prisão domiciliar devido ao descumprimento de medidas cautelares impostas pelo STF no inquérito em que seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), é investigado por articulações com membros do governo Donald Trump para promover retaliações ao governo brasileiro e a ministros da Corte.
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