

14 de novembro de 2025 – A primeira semana da COP30, realizada em Belém, terminou sem consensos nas principais frentes de negociação, ampliando a preocupação sobre a capacidade da conferência de entregar resultados efetivos. Impasses entre países ricos e nações em desenvolvimento continuam a travar debates fundamentais, enquanto falhas operacionais levaram a uma cobrança inédita da Organização das Nações Unidas (ONU).
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Delegações relatam que o clima das discussões ficou mais tenso ao longo dos primeiros dias. Países desenvolvidos pressionam por compromissos mais firmes e regularidade na divulgação de dados sobre emissões. Já nações do Sul Global reforçam que só poderão ampliar suas metas climáticas caso haja garantia de acesso aos recursos financeiros prometidos.
Diplomatas de países em desenvolvimento afirmam que os financiamentos não vêm sendo cumpridos como acordado e alertam que o enfrentamento da crise climática não pode recair sobre os países mais vulneráveis.
O Brasil, como anfitrião da COP30, tenta se posicionar como mediador entre os dois blocos. A presidência da conferência convocou nova plenária para este sábado, com o objetivo de atualizar o andamento das negociações e intensificar conversas bilaterais.

Na quinta-feira (13), a ONU enviou uma carta ao ministro da Casa Civil, Rui Costa, ao presidente da COP30, André Corrêa do Lago, e ao governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), criticando a organização brasileira. A manifestação é considerada atípica, já que a ONU raramente formaliza insatisfações durante conferências climáticas.
O estopim foi a invasão de manifestantes à Blue Zone, área oficial de negociações, na noite de terça-feira (11), interrompendo parte da programação. A entidade apontou falhas na segurança e pediu reforço imediato no controle de acesso.
Delegações também relataram problemas desde o início do evento, incluindo falhas no sistema de refrigeração dos pavilhões, falta de água nos banheiros e dificuldades operacionais consideradas incomuns para uma conferência dessa magnitude.
Após a repercussão, a Casa Civil divulgou nota afirmando que não participou das decisões das forças de segurança durante os protestos e ressaltou que a proteção da área interna da Blue Zone é responsabilidade da UNDSS, departamento da ONU para segurança. A nota também informou que, no dia 12, foi realizada uma reavaliação dos efetivos policiais e ampliados os perímetros de segurança da COP30.
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