

Segundo o ex-diretor do Banco Central Luiz Fernando Figueiredo, “alongar os investimentos, principalmente na renda fixa, faz sentido neste momento” | Foto: Freepik
13 de novembro de 2025 — Os juros acima de 1% ao mês estão próximos do fim, e investidores atentos já começam a se mover para garantir o rendimento elevado atual. A expectativa é de que o Banco Central inicie o ciclo de corte da taxa Selic, hoje em 15% ao ano, entre janeiro e março de 2026. Embora pareça distante, o mercado costuma antecipar os movimentos de queda — e o investidor precisa fazer o mesmo.
Segundo o ex-diretor do Banco Central Luiz Fernando Figueiredo, “alongar os investimentos, principalmente na renda fixa, faz sentido neste momento”. Papéis públicos e privados, como Tesouro IPCA+, debêntures incentivadas, LCIs e LCAs, permitem travar rentabilidades atrativas por prazos longos — e até com isenção de imposto de renda.
No Tesouro Direto, o título Tesouro IPCA+ 2029 paga 7,9% ao ano acima da inflação, garantindo um retorno real de 25,6% em três anos. Já o Tesouro IPCA+ 2035, com taxa de 7,5%, pode proporcionar ganho real de 106% em dez anos — o equivalente a dobrar o valor investido.
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Para investidores com horizonte de longo prazo, os títulos mais extensos seguem atrativos. O Tesouro IPCA+ 2050 oferece 6,89% reais ao ano, o que equivale a 428% de retorno em 25 anos. Já o título Tesouro IPCA+ 2060 rende 7,12%, um ganho real de 1.010% em 35 anos.
Os papéis prefixados também continuam em destaque: o Tesouro Prefixado 2028 paga 13% ao ano, o que representa um ganho total de 28% em dois anos. Já o Tesouro Prefixado com Juros Semestrais 2035 chega a 13,71% ao ano, oferecendo rendimento total de 217% em nove anos.
Especialistas alertam, no entanto, para o risco de alongar demais os prazos. Caso seja necessário vender o título antes do vencimento, o investidor pode ter prejuízo se os juros subirem. Por isso, a recomendação é diversificar a carteira e escolher prazos que permitam levar o investimento até o fim.
A estrategista da XP, Rachel de Sá, destaca que a hora de agir é agora: “Não adianta esperar o corte da Selic para se mexer. O ideal é aproveitar a janela de oportunidade atual para montar uma carteira equilibrada entre títulos públicos e privados.”
De acordo com o economista-chefe da Ágora Corretora, Dalton Gardiman, os prefixados são atrativos, mas exigem cautela diante das incertezas fiscais e cambiais. “Há muito juro real no pré, mas também muito risco fiscal”, afirma. Ele reforça a preferência por papéis indexados ao IPCA, que protegem da inflação e ainda garantem taxas reais elevadas — em torno de 8% ao ano, um patamar considerado excepcional.
Gardiman estima que a Selic deve cair para 12% ao ano até dezembro de 2026, mantendo o rendimento médio ainda elevado, em torno de 13,5%, o que continua vantajoso para investidores em renda fixa.
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