

Reabertura celebra a cultura cearense e a democratização das artes | Foto: Micaela Menezes
06 de novembro de 2025 — A Secretaria da Cultura do Ceará (Secult), reabriu nesta quarta-feira (5) o Teatro Carlos Câmara, em Fortaleza, marcando o Dia Nacional da Cultura com uma programação especial. O evento teve início às 16h com um Cortejo Cultural que saiu da Praça dos Correios e seguiu até o teatro, celebrando a revitalização de um dos mais importantes equipamentos culturais do Estado.
O espaço retorna com novas estruturas e um conceito renovado, voltado à valorização das artes cênicas, da música e das manifestações tradicionais. Sob gestão compartilhada com o Instituto Dragão do Mar (IDM), o Teatro Carlos Câmara ressurge como um ambiente de formação, cidadania e criação artística, fortalecendo a cena cultural e o turismo no Ceará.
A secretária da Cultura do Ceará, Luisa Cela, destacou o papel do teatro dentro da Rede de Espaços Públicos da Cultura (RECE). “O Carlos Câmara reabre revitalizado, com nova energia e reposicionamento, fortalecendo a rede cultural do Estado. Em outubro, reabrimos o Farol do Mucuripe; agora, celebramos o Carlos Câmara, e até 2026 teremos mais entregas culturais”, afirmou.
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Mais do que um espaço físico reformado, o Teatro Carlos Câmara reafirma sua identidade como teatro-casa, aberto à diversidade e ao diálogo entre linguagens. A nova programação abrange teatro, dança, circo, performance, música e exposições, além de ações que integram arte e comunidade.
Segundo Rachel Gadelha, diretora-presidente do IDM, “o Carlos Câmara vem compor uma rede de teatros públicos que inclui o São Luiz, o Dragão do Mar, o Hub Porto Dragão, o Bom Jardim e o José de Alencar. É um espaço que dialoga com artistas e abriga novas criações e públicos”.
A gestora do teatro, Vanéssia Gomes, destacou o valor simbólico da reabertura. “É o retorno de um espaço que pertence ao povo e aos artistas. O Carlos Câmara renasce ainda mais plural, acessível e aberto às trocas que fortalecem a nossa cultura”, afirmou.

A reforma recebeu investimento de R$ 564,4 mil, contemplando manutenção, requalificação e melhorias estruturais. O prédio, integrante da Rede Pública de Espaços Culturais do Ceará (Rece), passou por reparos em camarins, antecâmara e sala de espetáculos, além de intervenções na fachada e pintura.
Entre as novidades, o teatro ganhou um trilho eletrificado no foyer, com luminárias cênicas que permitem diferentes configurações de iluminação e montagem. O espaço conta com 110 m² de palco, 368 assentos, acessibilidade completa e infraestrutura moderna de som e luz. São 2.664 m² de área construída em um terreno de 3.334 m², que inclui pátio, hall e áreas de convivência.
A reabertura contou com o tradicional Cortejo Cultural, reunindo artistas, grupos e a comunidade em um gesto simbólico de retomada. No Pátio Artur Guedes, a celebração seguiu com performances circenses, apresentações de maracatu e o show da Orquestra de Barro – Grupo Uirapuru, de Cascavel (CE). O encerramento ficou por conta do grupo MarÉHouse, que apresentou um espetáculo de música e dança contemporânea.
A nova fase do teatro oferece programação plural e acessível, com atividades gratuitas ou a preços populares de quinta a domingo. Entre 6 e 9 de novembro, o espaço recebe a exposição “Retratos”, de Bob Wolfenson, em parceria com o Museu da Fotografia Fortaleza, além de espetáculos de grupos cearenses como o Bagaceira de Teatro (“Inacabado”), o Miraira (“Flor do Deserto”) e a Cia Prisma (“Sertão Confederado”).
Antes da reabertura, o Teatro Carlos Câmara promoveu Escutas Dialogadas entre julho e outubro, reunindo artistas, coletivos, vizinhança e representantes de universidades e instituições. O objetivo foi construir uma gestão participativa e fortalecer o vínculo entre o equipamento e o território, reafirmando o compromisso com a escuta ativa e a coautoria das políticas culturais.
Inaugurado em 5 de outubro de 1974, durante o governo de César Cals, o Teatro Carlos Câmara (antigo Teatro da Emcetur) consolidou-se como um dos símbolos da cena cultural do Ceará. Após décadas de atividade e reformas pontuais — incluindo a de 2012 —, o espaço voltou a ganhar destaque entre 2014 e 2020, abrigando editais e mostras artísticas. Agora, em 2025, retoma seu papel como um dos principais palcos do Estado.
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