

Operação atinge núcleo financeiro e armado da facção | Foto: PCBA/divulgação
04 de novembro de 2025 — Uma operação de grande porte realizada pela Polícia Civil da Bahia resultou na prisão de 35 pessoas suspeitas de envolvimento com o Comando Vermelho (CV) no estado. A ação, batizada de Operação Freedom, teve como objetivo desarticular o núcleo armado e financeiro da facção criminosa e contou com o apoio da Polícia Militar da Bahia, da Polícia Civil do Ceará e da Polícia Federal (PF).
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Além de Salvador, mandados judiciais foram cumpridos nas cidades de Ilhéus, Aratuípe e Eusébio (CE). A Justiça determinou ainda o bloqueio de 51 contas bancárias ligadas aos investigados. Durante a ação, um homem foi morto ao reagir a tiros contra os policiais no bairro Uruguai, em Salvador. Segundo a Secretaria da Segurança Pública da Bahia, ele não era alvo dos mandados, mas possuía antecedentes criminais e era conhecido por organizar ataques a grupos rivais do CV.
A Operação Freedom é resultado de uma investigação iniciada em 2022, que identificou a participação dos principais suspeitos em pelo menos 30 homicídios na capital baiana e em ações de expansão da facção para outras cidades do estado.
Entre os presos está um casal apontado como liderança do Comando Vermelho em Salvador. O homem, natural da Bahia, seria responsável pelo tráfico de drogas e coordenação dos ataques, enquanto sua companheira gerenciava as finanças do grupo. Ambos foram capturados em Eusébio, na Região Metropolitana de Fortaleza.
A ofensiva na Bahia ocorre uma semana após a Operação Contenção, deflagrada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro contra o mesmo grupo criminoso. A ação fluminense, criticada por entidades de direitos humanos, resultou em 121 mortes, incluindo quatro policiais.
Durante a operação no Rio, 20 dos 100 mandados de prisão foram cumpridos, e 113 pessoas foram presas em flagrante. O principal alvo, Edgar Alves de Andrade, conhecido como Doca, segue foragido.
Enquanto o governador Cláudio Castro classificou a operação como um “sucesso”, a diretora da Anistia Internacional no Brasil, Jurema Werneck, questionou o alto número de mortos e o planejamento das forças de segurança.
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