

Angelim-vermelho na Floresta Estadual do Paru, no Pará | Foto: Fundação Amazônia Sustentável/Divulgação
05 de setembro de 2025 – A floresta amazônica abriga árvores gigantes capazes de desempenhar um papel essencial na luta contra as mudanças climáticas. Entre elas, o angelim-vermelho (Dinizia excelsa), que pode ultrapassar 80 metros de altura e viver entre 400 e 600 anos, se destaca pela alta capacidade de capturar gás carbônico (CO₂), regular o clima e armazenar a história do bioma.
Em 2019, pesquisadores encontraram os primeiros exemplares e, em 2022, localizaram no município de Almeirim (PA) um angelim-vermelho de 88,5 metros de altura – o maior do Brasil e a quarta maior árvore do mundo. Outros 20 exemplares com mais de 70 metros foram identificados em áreas próximas ao Rio Jari, entre Pará e Amapá.
De acordo com o pesquisador Diego Armando Silva, do Instituto Federal do Amapá (IFAP), essas árvores são quase o dobro da altura média das espécies amazônicas, o que lhes permite absorver até duas vezes mais carbono. Estudos indicam que uma única árvore pode representar 80% da biomassa de um hectare, absorvendo proporção semelhante de CO₂.
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Apesar da importância ambiental, as árvores gigantes enfrentam riscos. Muitas estão fora de unidades de conservação ou em áreas onde a exploração comercial do angelim-vermelho é permitida, o que aumenta a vulnerabilidade ao desmatamento, grilagem e garimpo ilegal.
A diretora da Rede Pró-Unidades de Conservação, Ângela Kuczach, alerta:
“Podemos ter a maior árvore da Amazônia ainda não descoberta, e ela já estar ameaçada por não estar em uma área protegida.”
A mobilização social e científica resultou na criação, em 2024, do Parque Estadual Ambiental das Árvores Gigantes da Amazônia (Pagam), com 560 hectares de proteção integral. A medida busca garantir a preservação de exemplares únicos, além de permitir planos de pesquisa, educação ambiental e visitação controlada.
Segundo o presidente do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Pará (Ideflor), Nilson Pinto, a fiscalização e o difícil acesso ajudam a manter as árvores protegidas, mas o monitoramento precisa ser contínuo.
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