Apelidada de “Cidade Morena”, por conta de terras avermelhadas, Campo Grande apresenta um grande potencial turístico e cultural, com parques, museus, artesanato, culinária única e diversas outras atividades que valem a pena dar uma conferida. Porta de entrada do Pantanal Sul-mato-grossense, a capital do Estado celebra nesta quinta-feira (26.08) 122 anos de história com atrativos turísticos para ninguém botar defeito.
Para nos apresentar um pouquinho da cidade, convidamos a guia de turismo Juana Oliveira Alvim, que vai nos mostrar o que Campo Grande tem. O nosso “City Tour” começa na Esplanada Ferroviária. “Foi aqui, a partir da chegada da ferrovia, que Campo Grande começou a se desenvolver”, explicou Juana. O local, tombado como patrimônio histórico, conta a trajetória do desenvolvimento e da povoação de Campo Grande, além da conexão, no século passado, entre São Paulo e as fronteiras de Bolívia e Paraguai. Os turistas que por passarem pelo local poderão conferir a Plataforma Cultural, o Museu dos Ferroviários e a Casa Engenheiro Carlos Miguel Mônaco, que, segundo ela, é um atrativo por si só.
Continuando a nossa visita, ainda na área ferroviária, o monumento da Maria Fumaça é outro ponto que não pode deixar de ser conhecido. Fundado em 2018, o atrativo tem 5 metros de altura, 20 metros de comprimento e cerca de 20 toneladas. “Lá, o turista também poderá encontrar a placa escrito Campo Grande, tirar uma foto e, ainda, ver alguns trilhos preservados”, completou.
Tirada a foto, chegou a hora de conhecer o que Campo Grande tem a nos oferecer na culinária. De acordo com Juana, os turistas devem visitar duas feiras importantíssimas e cheias de pratos regionais: a Feira Central, conhecida como “Feirona”, e o Mercadão Antônio Valente.
A “Feirona” foi tombada como patrimônio histórico e cultural, com grandes referências à comunidade japonesa na cidade, e possui um dos pratos típicos sul-mato-grossenses.
“Quem for, eu recomendo comer o nosso sobá (foto ao lado), feito com macarrão, ovo mexido, temperinho verde, caldo e carne bovina ou carne de porco”, ressaltou. Já no segundo, os visitantes poderão provar o pastel de jacaré, a chipa e a sopa paraguaia.
Após se deliciar com os pratos, seguimos nosso roteiro com uma visita à Casa do Artesão de Campo Grande. O local é um prédio histórico, datado da década de 1920, e que oferta ricas e diversas opções de artesanato do estado, produzido por índios da região. “Temos a segunda maior população indígena do país”, pontuou Juana. Como ponto turístico, o espaço atrai visitantes de diversos países mundo afora, que buscam a originalidade e a beleza de peças criadas com matérias-primas e inspiração sul-mato-grossense.
Para quem gosta de museus, Campo Grande abriga o Museu das Culturas Dom Bosco e o Museu José Antônio Pereira. O primeiro guarda artefatos etnológicos indígenas, como a zarabatana e o filtro dos sonhos, além de vários tipos de pedras, borboletas e de animais do Pantanal e do Cerrado empalhados. O segundo é uma antiga fazenda onde o filho do fundador da cidade morou e que foi tombado, também, como patrimônio histórico do Estado.
Por fim, mas não menos importante, nossa guia de Turismo, Juana, indicou um passeio que não pode faltar no roteiro de quem visita Campo Grande. “O Monumento Carro de Boi. Foi na altura de lá que o fundador chegou. Ele estava indo em busca de terras e encontrou bastante aqui. A partir de lá, a cidade começou a se desenvolver”, finalizou a guia de turismo.
Para os que apreciam parques, a opção é ir ao Horto Florestal. O local oferece ao turista biblioteca pública, centro de convivência para idosos, orquidário, espelho d’água e um teatro com capacidade para duas mil pessoas, além de espaços destinados à prática de esportes.
Já para quem deseja contemplar a fauna brasileira, a Praça das Araras é uma excelente alternativa. O atrativo foi criado como forma de alertar a população quanto à necessidade de preservação da arara-azul, ave que se encontra em extinção e é considerada a maior da família das araras.
Outro importante ponto da cidade é o Parque das Nações Indígenas. Lá, o turista tem a oportunidade de percorrer trilhas exuberantes em meio à vegetação formada por diversas árvores preservadas, como o Jenipapo, a Mangueira e a Aroeira.
Fotos: Portal Oficial do Governo de Mato Grosso do Sul
Por Victor Maciel/Ministério do Turismo
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