A pandemia do vírus da imunodeficiência humana (HIV)/síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) é uma catástrofe para comunidades de todo o mundo. Mais de 1 milhão de pessoas nos EUA estão vivendo com HIV, porém 1 em cada 7 delas não sabem que têm a doença. No final de 2020, aproximadamente 38.4 milhões de pessoas em todo o mundo estavam vivendo com HIV/AIDS.
O Pacific Medical Training reconhece a magnitude do problema e a necessidade de todos nós lidarmos com essa doença. É fundamental para cada um de nós entendermos como ocorre a transmissão desse patógeno (link em inglês) e como também certas atitudes não são passíveis de risco de transmissão.
As diretrizes a seguir abordam a preocupação com a transmissão em situações de primeiros socorros de pessoas com HIV/AIDS, apresentando medidas preventivas e práticas de higiene e permitem que você preste cuidados sem discriminação.
>>>SIGA O YOUTUBE DO PORTAL TERRA DA LUZ <<<
O HIV é o vírus que causa a AIDS. Essa síndrome só ocorre quando o vírus entra na corrente sanguínea. Pessoas com AIDS tem um sistema imunológico comprometido, deixando o corpo suscetível a muitas doenças. Sendo assim, o corpo é incapaz de combater infecções e doenças que a maioria das pessoas costuma combater por conta própria. A condição é eventualmente fatal devido à disfunção do sistema imunológico. Embora não haja vacina para o HIV e não haja cura para a AIDS, os medicamentos disponíveis são uma opção de tratamento bem-sucedida.
Não existe um período fixo entre o primeiro contato com o HIV e o desenvolvimento da doença. Muitos indivíduos HIV positivos podem não ter sintomas por vários anos, enquanto outros podem desenvolver sintomas dentro de três anos a partir do momento da infecção. A transmissão do vírus ainda pode ocorrer mesmo quando a pessoa não apresenta nenhum sintoma.
O HIV é muito mais difícil de contrair do que se poderia pensar pois o vírus morre rapidamente fora do corpo e uma combinação de água e sabão demonstrou diminuir sua infectividade. Porém, certas precauções devem ser sempre tomadas. O HIV pode viver em uma agulha usada por até 42 dias, dependendo da temperatura e de outros fatores. Para garantir a destruição do HIV, as superfícies requerem desinfecção adequada, além de água e sabão.
Leia também | Parques naturais tornam o Brasil um dos principais países para o ecoturismo no mundo
Leia também | Projeto Aquarela encerra turma de 2022, na cidade do Cedro
A preocupação com a transmissão do HIV funciona nos dois sentidos — transmissão do indivíduo ferido ao prestador de primeiros socorros ou do prestador de primeiros socorros ao indivíduo ferido. O risco de contrair um patógeno transmitido pelo sangue ao dar ou receber primeiros socorros é muito menor do que as pessoas pensam. Precauções apropriadas e medidas higiênicas básicas reduzem ainda mais esse risco.
O medo de adquirir infecção pode atrasar o início imediato da respiração boca a boca. Embora os patógenos possam ser isolados da saliva das pessoas infectadas, a transmissão salivar do HIV é incomum e a transmissão da infecção é extremamente rara: três casos relatados de HIV adquiridos durante a ressuscitação de um paciente infectado resultaram de exposições cutâneas de alto risco, como uma agulha acidental. Não houve relatos de infecção pelo HIV adquirida durante o treinamento em RCP.
O sangue é a principal fonte de infecção pelo HIV e é a principal via de transmissão nos profissionais de saúde e socorristas. Sempre que houver a possibilidade de contato com sangue, os profissionais de saúde (e espectadores) devem tomar precauções para evitar o contato com a pele e as mucosas (por exemplo, olhos e boca).
As práticas de rotina (precauções universais) para impedir a propagação do HIV são baseadas no princípio de que TODO sangue, fluidos corporais, secreções e excreções são infecciosos. Essas etapas envolvem o uso de equipamento de proteção individual (EPI), como luvas, aventais, máscaras e óculos quando se lida com o sangue das pessoas e outros fluidos corporais contaminados por sangue.
Práticas de precaução e segurança são essenciais para impedir a transmissão do HIV ao dar primeiros socorros. Proteja-se e diga aos outros, incluindo amigos e familiares, como se proteger contra o HIV.
Embora o medo de contrair uma doença infecciosa seja um fator significativo na relutância em fornecer RCP, a chance de contrair uma doença infecciosa enquanto fornece RCP é extremamente baixa.
Dra. Náthalie Puliti Hermida Reigada é médica com experiência em pronto-socorro e na área administrativa. Sua verdadeira paixão é estudar Medicina e outras línguas, como inglês e alemão.
O texto acima expressa a visão de quem o assina, não necessariamente do Portal Terra da Luz. Se você quer publicar algo sobre o mesmo tema, mas com um diferente ponto de vista, ou um outro artigo com suas ideias, envie sua sugestão de texto para portalterradaluz.
Leia também | Raissa Buq prestigia Evento de Adoção no Sana Fest
Estatísticas Globais e dos EUA (link em inglês) — Analise os dados e tendências de HIV / AIDS fornecidos pelo Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA.
Quais são os sintomas do HIV e quando eles aparecem? (link em inglês) — Aprenda os sintomas e o período de incubação do HIV / AIDS.
Eficácia virucida do sabão e da água contra o vírus da imunodeficiência humana nas secreções genitais (link em inglês) — Este relatório mostra como uma solução comum de sabão em barra e água da torneira pode ser usada para desativar o HIV nas secreções genitais.
Como o HIV é transmitido? (link em inglês) — Reveja os fatos sobre como o HIV é transmitido de uma pessoa para outra.
Terapia de HIV para mães que amamentam (link em inglês) — Este comunicado de imprensa do National Institute of Health (NIH) discute um regime antirretroviral de três drogas durante a amamentação que elimina essencialmente a transmissão do HIV pelo leite materno.
Medo de Infecção (link em inglês) — Leia um relatório sobre o medo de adquirir o HIV durante a RCP e os benefícios de iniciar uma ressuscitação que salva vidas para uma vítima em parada cardíaca.
Risco ocupacional de HIV para profissionais de saúde (link em inglês) — Examine os fatores de risco e o risco de infecção no decorrer das atividades profissionais.
Leia também | Inec implementa atendimento psicopedagógico para jovens e crianças