Valorizar a cultura local, proteger a natureza e proporcionar a troca de saberes, vivências e experiências entre visitantes e comunidades. Este é o objetivo do Turismo de Base Comunitária que tem figurado cada vez mais nos destinos brasileiros e despertado a curiosidade dos turistas que visitam o país. Diante de toda a diversidade natural e cultural, o Brasil oferta atrativos como estes para todo tipo de viajante e a Agência de Notícias do Turismo preparou uma lista com alguns roteiros com foco na produção associada e na qualificação profissional das comunidades locais.
A 250 km da capital amazonense, a cidade de Silves tem na Pousada Aldeia dos Lagos o primeiro empreendimento comunitário de ecoturismo da Amazônia. O local é fruto de uma parceria entre o WWF Brasil e a Associação de Silves para a Preservação Ambiental e Cultural (ASPAC), tendo a sua renda totalmente utilizada em benefício da conservação dos sistemas de lagos da região e da melhoria da qualidade de vida dos ribeirinhos do município. O destino ainda guarda uma rara beleza, onde cruzam vários afluentes secundários do Rio Amazonas, dando vida a uma das bacias hidrográficas mais linda da Amazônia.
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O Centro-Oeste brasileiro guarda uma joia rara do turismo de base comunitária, o Quilombo Kalunga, reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) como primeiro território conservado pela comunidade no Brasil. Situado na região da Chapada dos Veadeiros, o destino possui uma série de atrativos turísticos que contemplam o Sítio Histórico, Patrimônio Cultural Kalunga e uma rica área com aspectos históricos e naturais em que as famílias desenvolvem atividades, como o turismo, sem deixar de lado a história e a cultura do povo quilombola.
Na região do Cariri cearense, o Memorial do Homem Kariri é uma opção para o turista que quer aproveitar a gastronomia regional, passeios ciclísticos e trilhas ecológicas nos sítios mitológicos e arqueológicos. A atividade integra moradores e visitantes, gerando emprego e renda para as famílias vinculadas através de um turismo de experiência que preza pela preservação do meio ambiente, valorização da cultura e identidade local. Recentemente, a iniciativa completou 30 anos de existência com uma diversa riqueza geológica, paleontológica, arqueológica e cultural.
Em Minas Gerais, a iniciativa “Turismo Sustentável no Vale do Peruaçu” busca desenvolver, fortalecer e acelerar o turismo sustentável na região do Vale do Peruaçu através da qualificação das capacidades técnicas e de gestão de organizações da comunidade local. O projeto também auxilia os turistas interessados em visitar o território, planejar suas viagens e ampliar a atividade turística sustentável na região, assim como a qualidade da experiência. Além dos atrativos artesanais, a região guarda uma gama de belezas naturais, entre cachoeiras e grutas.
Em uma das maiores cidades de São Paulo, a Casa de Cultura Fazenda Roseira traz uma variedade de atividades culturais e educativas sob a perspectiva afro-brasileira. Entre as ações desenvolvidas destacam-se a escola de Curimba, que conta um pouco da cultura dos toques e cânticos das religiões de matrizes africanas; o Carnaroseira, que celebra o carnaval da comunidade, e a oficina de jogos africanos. Além disso, o local realiza diversos eventos em parceria com outros coletivos que ampliam as opções dos turistas.
A ministra do Turismo, Daniela Carneiro, destaca a importância de se evidenciar boas práticas no país. “O Brasil é rico em atividades que proporcionam vivências e experiências interculturais. Lançar luz sobre esses roteiros é incentivar outras localidades do país a encontrarem no turismo uma nova fonte de renda e desenvolvimento regional, além de inspirar turistas a conhecerem estes locais”, finalizou.
Estes e outros atrativos podem ser encontrados no Mapa Brasileiro do Turismo Responsável. Trata-se de uma ferramenta online interativa que compila dados das principais iniciativas de boas práticas de sustentabilidade, turismo de base comunitária e de segurança turística no território nacional, permitindo a geração de gráficos, tabelas e planilhas com informações detalhadas de cada iniciativa (Acesse AQUI o Mapa). O sistema, que inicialmente lista 168 projetos, serve de referência para novas soluções e investimentos públicos e privados na área, além de representar uma importante fonte de consulta para os turistas e sociedade em geral.
Os dados, passíveis de atualização, abrangem, entre outros, projetos consagrados no Prêmio Braztoa de Sustentabilidade, bem como detentores da Bandeira Azul – certificação internacional voltada a praias, marinas e embarcações turísticas que, comprovadamente, seguem critérios de gestão ambiental e de responsabilidade social.
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