Uma comitiva da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC) irá participar da COP-27, realizada entre os dias 6 e 18 de novembro, em Sharm El Sheikh, no Egito. O evento é o mais importante sobre mudanças climáticas do mundo e o maior já realizado sobre esta temática. A entidade vem se preparando para a participação na conferência sob liderança do Presidente, Ricardo Cavalcante, e do 1º Vice-Presidente, Carlos Prado.
A FIEC será representada pelo Consultor de Energia da Federação, Jurandir Picanço; pelo Coordenador do Núcleo de Energia, Joaquim Rolim; e pelo Consultor Internacional e Empresário Jesse Van Griensven Thé. A Federação irá participar de espaços e palestras em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e o Ministério do Meio Ambiente (MMA).
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O objetivo da comitiva da FIEC é promover a imagem do Ceará como um HUB do hidrogênio verde (H2V) mais barato do mundo, apontando as oportunidades de investimento e as características únicas que o estado dispõe para fortalecimento da nova matriz energética limpa. Como exemplos do grande potencial estão a capacidade de produção complementar de energia a partir da energia eólica e solar, além da existência de uma Zona de Processamento de Exportação (ZPE), presente no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP).
Também surgem como grandes apostas para a recepção de um grande HUB de hidrogênio verde no Ceará a proximidade com a Europa e os Estados Unidos, em função da localização geográfica, além dos mais de 20 memorandos de entendimento assinados entre empresas e o Governo do Estado para construção de plantas de H2V no Complexo do Pecém – a primeira, inclusive, com previsão de início ainda neste ano.
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De acordo com Joaquim Rolim, a missão tem uma série de objetivos, como mostrar o manancial de energia limpa e renovável presente no Ceará e no Brasil como um todo; a capacidade de o Ceará de produzir energia limpa e favorecer os produtos verdes; os diferenciais que credenciam o estado como produtor nacional de H2V; e a capacidade de ajudar o mundo com a descarbonização, a partir dos produtos verdes e da adequação de processos, como a eletrificação.
“O Brasil, o Nordeste e o Ceará estão em uma situação muito privilegiada para poder contribuir com esse processo e atrair investimentos. Há uma necessidade imensa de atrair esses investidores para o Ceará, contribuindo, assim, com uma mudança na nossa situação econômica, gerando emprego e renda e melhorando a nossa condição social. Por isso, a FIEC sempre está atuando nesses momentos cruciais”, ressaltou o Coordenador do Núcleo de Energia da instituição.
Rolim participará no painel “Infraestrutura para a Transição Energética”, a convite do Ministério do Meio Ambiente. “Vamos mostrar o que temos de infraestrutura e, claro, que precisamos avançar mais com o intuito de desenvolver melhor e escoar mais a energia limpa, favorecendo a produção de mais produtos verdes. Vai ser um momento ímpar de interação, para saber o que está sendo feito por outros estados e países”, garante.
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O Governo do Ceará participa da Conferência com a presença da Governadora Izolda Cela e do Secretário Executivo de Regionalização e Modernização, Célio Fernando. Haverá uma série de reuniões com investidores na área do hidrogênio verde, além da assinatura de um novo memorando de entendimento com a empresa australiana Fortescue, que deverá implantar uma usina de H2V no Ceará. Izolda participará de um painel sobre estratégias latino-americanas para implementação do Acordo de Paris ao lado de outros chefes de estado.
A CNI também estará presente, apresentando ações cujo trabalho tem promovido o desenvolvimento da agenda climática. Na bagagem, conforme a entidade, estão algumas recomendações de como priorizar a operacionalização do mercado global de carbono e a mobilização de recursos para assegurar o financiamento climático. Segundo o presidente da CNI, Robson Andrade, para o Brasil, é urgente uma estratégia nacional para o melhor aproveitamento do novo mecanismo do mercado global de carbono.
A FIEC também participou da COP-26, ocorrida em Glasgow, na Escócia, no ano passado. A edição deveria ter ocorrido em 2020, mas foi adiada em decorrência da pandemia de covid-19. Na ocasião, o Coordenador do Núcleo de Energia da Federação, Joaquim Rolim, representou a instituição. A conferência contou com a representação de 197 países com compromissos assumidos para retenção de gases do efeito estufa.
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