A polícia do Paraguai prendeu sete suspeitos de envolvimento na chacina ocorrida na madruga do último sábado (9/10), na cidade de Pedro Juan Caballero, no Paraguai, na fronteira com o Brasil. Quatro pessoas foram mortas e outras duas foram socorridas, em estado grave, para um hospital da cidade.
Imagens de uma câmera de segurança mostra os bandidos em plena ação. As vítimas estavam se preparando para entrar numa caminhonete branca, logo após participarem de uma festa, numa boate, quando foram cercadas por homens que desceram de outro veículo armados de rifles e fuzis e dispararam mais de 100 tiros. Veja as imagens do crime abaixo:
Entre as vítimas fuziladas, sem a menor chance de defesa, havia duas jovens brasileiras: Kaline Reinoso, de 20 anos, que era natural de Dourados (MS), foi atingida por 14 tiros; e Rhannye Jamilly Borges de Oliveira, de 18 anos, de Curvelândia (MT), foi atingida por 10 tiros, segundo a perícia. Kaline e Rhannye estudavam Medicina no Paraguai e eram colega de faculdade da terceira vítima, Hailée Acevedo, de 21 anos, filha de Ronald Acevedo, governador do Departamento de Amambay (semelhante a um Estado, no Brasil). A quarta vítima do crime foi Osmar Vicente Alvarez, de 32 anos, conhecido como Bebeto, que seria o alvo do atentado, segundo a polícia.
Outras duas vítimas do crime são: Bruno Elias Sanchez e Rafaeli Alvarez, ambos de 20 anos. Eles foram encaminhados com ferimentos graves a hospitais particulares.
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Seis suspeitos foram presos na manhã desta segunda-feira (11/10). São eles: Hywulysson Foresto, Juares Alvers da Silva, Luis Fernando Armando e Silva Simões; Gabriel Veiga de Sousa, Farley José Cisto da Silva Leite Carrijo e Douglas Ribeiro Gomes. Com eles foram apreendidos três carros com documentos brasileiros referentes a outros três automóveis, celulares, joias e um recipiente com 74 gramas de maconha.
No domingo, um outro brasileiro suspeito de participar da chacina foi preso após uma perseguição que envolveu policiais paraguaios e brasileiros. Ele estava num carro, que pode ter sido usado nas execuções de sábado, junto com outros três homens que conseguiram escapar ao cerco policial naquele momento. A identificação do primeiro preso ainda não foi revelada pela polícia e as investigações continuam.
Tanto as autoridades brasileiras quanto paraguaias apontam que a principal causa da violência na região da fronteira entre o Brasil e o Paraguai, que envolve a cidade de Pedro Juan Caballero, é a disputa de território por facções criminosas que disputam, principalmente, o controle do tráfico de drogas e de armas na região.
O comissário da polícia do Paraguai, Jorge Vidallet, que é responsável pela investigações da chacina, afirmou que Osmar era envolvido com o tráfico de drogas.
Neste domingo (10/10), os paraguaios foram às urnas para eleger prefeitos e vereadores no país. Em outros pontos do país, políticos sofreram atentados no mesmo padrão. Os candidatos Eva Cristaldo e Nolberto Cabrera tiveram os veículos alvejados por tiros, mas sobreviveram.
Por enquanto, as autoridades policiais descartam a possibilidade de crime por motivação política no caso de Pedro Juan Caballero
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