A chuva que caiu na sexta-feira (24/9), na Chapada dos Veadeiros, em Goiás, ajudou a apagar os incêndios que já duravam 12 dias e, de acordo com o Corpo de Bombeiros, consumiram cerca de 36 mil hectares de vegetação em áreas florestais e numa pequena parte do Parque Nacional, segundo o último levantamento.
O coordenador de prevenção e combate a incêndios do Instituto Chico Mendes de Preservação da Biodiversidade (ICMBio), João Morita, disse que parte dos focos já estavam controlados. “A chuva ajudou a extinguir o restante das chamas. O incêndio foi extinto”, disse ao G1.
Cerca de 200 profissionais do Corpo de Bombeiros, voluntários da Brigada Ambiental de Cavalcante e agentes do Ibama e do ICMBio atuaram no combate às chamas. Antes da chuva, a força-tarefa chegou a extinguir seis focos de incêndios na região. A operação conjunta contou com três aeronaves Air Tractor, do ICMBio, um helicóptero dos bombeiros, além de 31 viaturas.
O incêndio começou no dia 12 de setembro, na região do Vale da Lua, em Alto Paraíso de Goiás (GO). Cerca de 100 turistas chegaram a ficar encurralados no local, mas foram resgatados sem ferimentos.
A Polícia Civil abriu cinco inquéritos para apurar quem ateou fogo à região e já identificou três pessoas responsáveis.
O capitão do Corpo de Bombeiros, Luiz Antônio Dias Araújo, disse não ter dúvida de que os incêndios são criminosos. “Há ação de incendiários aqui na região. Hoje a gente tem essa convicção de que há alguém colocando fogo de forma criminosa às margens das rodovias”, declarou em entrevista ao portal G1.
Uma das pessoas que a corporação aponta como responsável é um fazendeiro. Segundo as investigações, ele ateou fogo para desmatar área da propriedade rural dele, mas as chamas saíram do controle, se espalhando por cerca de 10 mil hectares.
O segundo responsável, apontado pela corporação, é um jovem que ateou fogo a um lixão em São Jorge, um distrito da cidade de Alto Paraíso de Goiás.
A Polícia Civil apontou um terceiro responsável, que, enquanto cortava um objeto com uma máquina, deixou uma fagulha escapar. Diferente dos dois primeiros, este não teve intenção de ater fogo a nenhum material.
Por causa dos incêndios, brigadistas tiveram que ser resgatados porque ficaram feridos durante o combate ao incêndio. A situação levou a Prefeitura de Alto Paraíso de Goiás a decretar estado de emergência ambiental.
Com informações do G1 e da Agência Brasil
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