Cerca de duas horas de viagem saindo de Fortaleza em relação ao Litoral Leste do Ceará e chega-se a um dos destinos mais procurados do Estado: Aracati. A cidade foi erguida às margens do rio Jaguaribe, bem perto do encontro com o mar.
A data de fundação é 11 de abril do ano de 1.747. Naquele tempo, a pecuária era a principal atividade econômica, que estimulou a ocupação territorial. Aracati cresceu no entorno de um grande matadouro construído às margens do rio Jaguaribe. Aliás, isso explica o motivo da cidade estar “postada de costas” para o Jaguaribe. O objetivo dos moradores da época era evitar os odores da matança dos bois, que eram sacrificados à beira rio.
Instalava-se naquele momento no Ceará o ciclo do couro. E era pelo rio acima que a produção de carne e outros derivados do boi eram escoados para as cidades interioranas, sertão a dentro.
As igrejas e o rico casario de Aracati, com fachadas decoradas com azulejos portugueses e cerâmica vindos da Europa, continuam preservados. Por isso, ganharam reconhecimento do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Tanto que no ano 2.000, a sede do município teve o núcleo urbano tombado como patrimônio nacional. Um título que dá orgulho aos moradores e atrai turistas do Brasil e do exterior, obriga os moradores a manter preservadas as construções do século XVIII.
De 2017 em diante a gestão municipal tem investido em grandes eventos de todas as áreas, em obras de infraestrutura e paisagismo. A Av. Coronel Alexanzito, conhecida como Rua Grande, foi totalmente revitalizada e é um dos principais pontos de visitação de turistas que buscam conhecer a arquitetura portuguesa antiga.
Merecem atenção no quesito Arquitetura e Urbanismo, a Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário (Sede), o Museu de Aracati, o Palacete da Biblioteca Pública, a Biblioteca Municipal de Aracati e o Centro de Artesanato e todo o casario construído no centro histórico, especialmente, na Av. Coronel Alexanzito.
Aracati tem hoje uma população estimada pelo IBGE (2019) em 74.547 habitantes. A cidade é um polo econômico de serviços, que conta com mais de 3.000 pontos comerciais, e destaca-se por ser uma das cidades mais visitadas do Litoral Leste do Ceará.
Empreendimentos nos segmentos de sucos, pescados, caçados, energia eólica, hotéis e pousadas (que garantem o 2º lugar em número de leitos disponíveis para o turismo no Ceará), o Aeroporto Dragão do Mar e o Centro de Manutenção e Operações de Aviões da TAM são grandes geradores de empregos.
Aracati é conhecida nacionalmente como o melhor Carnaval do Ceará. A festa começa pela manhã nas praias de Majorlândia e Canoa Quebrada. A tarde tem o desfile dos blocos tradicionais e a noite tem a passagem dos trios elétricos pela Av. Coronel Pompeu, onde uma multidão se reúne para pular e dançar ao som das músicas da moda.
Além do Carnaval, existem outras festas populares famosas em Aracati: Festa do Senhor do Bonfim (1 de janeiro), Festa de São Sebastião (20 de janeiro), Festival Folclórico-cultural do Baixo-Jaguaribe (janeiro), Canoarte (julho), Regata de Jangadas de Majorlândia (outubro), Festa da padroeira: Nossa Senhora do Rosário (8 de outubro), Festa do Município (25 de outubro), FESTMAR – Festival Internacional de Rua do Aracati e A Paixão de Cristo do Aracati, realizada no Largo da Igreja Matriz, na Semana Santa pelo Grupo Teatral Frente Jovem/Instituto IACB.
A economia de Aracati tem como base a agricultura, no cultivo do caju, coco-da-baía, cana-de-açúcar, mandioca, milho, feijão e carcinicultura (criação de camarões em cativeiro).
O sal e a extração mineral de argila são outras importantes fontes de renda do município.
A cidade conta com indústrias de diversos ramos: perfumaria, produtos de limpeza, produtos minerais não metálicos, madeira, produtos alimentícios, vestuário, calçados, tecidos, couros e peles, bebidas e extração mineral entre outros. Na atividade extrativa, destaca-se o petróleo.
O Mercado Público de Aracati é o centro de negócios do município que vem abastecendo (no atacado e varejo) durante anos a população da cidade, distrito e arredores. Lá são ofertados produtos de todos os tipos, desde vestimenta, artesanato, comidas, remédios, eletrônicos, tecidos, cereais e outros mais. Apresenta também um grande potencial turístico sendo de grande destaque sua arquitetura secular, cultura e costumes dos comerciantes.
Uma das principais fontes de economia do município é o turismo. Aracati é conhecida nacional e internacionalmente pela praia de Canoa Quebrada, o segundo destino mais procurado no estado do Ceará. Majorlândia e Quixaba também recebem destaque como praias secundárias.
O município de Aracati é muito conhecido pelas belíssimas praias, que possuem excelentes acomodações em hotéis e pousados à beira mar, uma rica gastronomia e passeios emocionantes pelas dunas e falésias.
A praia fica a 12 km da sede do município de Aracati e tem em sua paisagem dunas de areias brancas e falésias avermelhadas que atingem até trinta metros de altura.
Era uma antiga vila de pescadores, conhecida como Vila do Estevão. Nos anos 1960, foi descoberta por cineastas franceses que trouxeram visibilidade à praia e promoveram um verdadeiro choque de culturas.
Nos anos 1970, o povoado ganhou fama ao ser descoberta pelos hippies que buscavam um lugar remoto para ficar. Alguns deles fixaram-se no local, casando com os nativos e tendo filhos. Desse modo, é possível encontrar em Canoa Quebrada muitos descendentes de suíços, franceses e outros europeus.
Canoa Quebrada voltou a ser cenário de um filme em 1997, com a produção de Bela Donna, de Bruno Barreto e direção de Fábio Barreto, quando se transformou num dos principais destinos turísticos do Ceará.
À noite, o ponto de encontro de moradores e turistas é na rua principal, conhecida como “Broadway” numa referência aos estrangeiros. O Reggae e o Forró agitam os bares e casas noturnas.
Há várias alternativas de passeios em terra, no mar ou pelo ar para se aventurar em Canoa Quebrada. O passeio de bugue pelas dunas é um dos mais procurados. Em todos eles, avista-se um símbolo que é referência: a escultura na falésia de uma lua e de uma estrela, criação do artesão Chico Eliziário.
Situada a 12km do município de Aracati, a praia de Majorlândia fica vizinho à Canoa Quebrada. O distrito, fundado em 1937 pelo major
Bruno da Silva Figueiredo é rico em belezas naturais, com destaque para as falésias brancas e alaranjadas.
A “Terra do Major” oferece muitas opções de hospedagens, além de bares, restaurantes e barracas de praia que oferecem um cardápio rico em frutos do mar e peixes frescos.
Durante o ano, duas grandes festas fortalecem o turismo em Majorlândia. A praia é o ponto principal de encontro do Carnaval durante o dia, em Aracati. Já no mês de outubro, mês de aniversário de Aracati, os pescadores se lançam ao mar para realizar a tradicional regata de jangadas de Majorlândia.
A praia também é bastante conhecida pela arte com areias coloridas, retiradas das próprias dunas e falésias do local. Além disso,
os artesãos trabalham com renda, búzios, palha, dentre outros materiais. As peças ficam expostas à venda bem na chegada à praia de Majorlândia.
A praia fica a 16 km da sede de Aracati, logo depois da praia de Majorlândia. O nome Quixaba é uma referência a uma planta de poder medicinal abundante na região.
A praia tem barracas de praia simples, mas que acolhem bem os visitantes e oferecem preços mais em conta. O cardápio é feito com mariscos e peixes que são pescados pelos próprios moradores. Tudo fresquinho!
Quixaba também oferece passeios de bugue que mostram as belezas da praia de Quixaba e os potenciais do artesanato local. Ponto de parada obrigatória do passeio é um mirante, no alto de uma das falésias, na Praia do Retiro Grande, já no município de Icapuí.
Na volta pra Quixaba, outra parada obrigatória é uma nascente de água doce, na localidade de Fontainha, conhecida como “Garganta do Diabo”. A água brota no meio da falésia e durante muito tempo para abastecer a comunidade.
Durante a visita a Quixaba, vale a pena conhecer também a Casa da Paixão. É a sede de um grupo cultural, que organiza, todos os anos, a encenação da Paixão de Cristo, uma atração que movimenta toda a comunidade e atrai turistas durante a Semana Santa. A Casa da Paixão, além de guardar todo o figurino da encenação, é o espaço para que os artesãos apresentem o artesanato feito com labirinto, coco e outros materiais.
1 Comment
Parabéns pelo site!
ótimo conteúdo.
Desejo-lhes sucesso.