Alta nas exportações e demanda externa fortalecem resultado | Foto: reprodução/OPovo
A balança comercial brasileira teve uma recuperação expressiva em março, registrando superávit de US$ 8,154 bilhões, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (4) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic). Esse foi o segundo melhor resultado da série histórica para meses de março, ficando atrás apenas do desempenho de 2023 (US$ 10,751 bilhões).
Na comparação com março de 2024, o superávit cresceu 13,8%. As exportações somaram US$ 29,177 bilhões, um avanço de 5,5% em relação ao mesmo mês do ano anterior, enquanto as importações chegaram a US$ 21,023 bilhões, alta de 2,6%.
O bom desempenho nas exportações foi puxado pelo início das safras de soja e milho, além da valorização no preço do café e do aumento nas vendas de carne bovina, celulose e minério de cobre. Já nas importações, houve alta significativa nas compras de máquinas, motores, medicamentos, componentes automotivos, fertilizantes e adubos.
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No setor agropecuário, o volume exportado cresceu 10,8% em março, com alta de 4,3% no preço médio. A indústria de transformação também mostrou fôlego, com aumento de 9% na quantidade exportada, apesar da queda de 0,9% nos preços médios. O desempenho foi favorecido por uma recuperação da economia argentina, principal destino dos produtos industrializados brasileiros.
Já na indústria extrativa, houve queda de 10,6% na quantidade exportada, influenciada pela manutenção de plataformas de petróleo. Os preços também caíram, com recuo médio de 4,9%.
O Mdic revisou suas estimativas para 2025, projetando um superávit de US$ 70,2 bilhões, valor 5,4% menor do que o de 2024. A previsão anterior variava entre US$ 60 bilhões e US$ 80 bilhões.
Segundo o ministério, as exportações devem crescer 4,8% em 2025, alcançando US$ 353,1 bilhões, enquanto as importações devem subir 7,6%, totalizando US$ 282,9 bilhões. No entanto, essas estimativas ainda não consideram os impactos do tarifaço imposto por Donald Trump nem das retaliações comerciais da China, o que pode levar a revisões nas próximas projeções — a próxima será divulgada em julho.
O mercado financeiro, por sua vez, mantém perspectiva mais otimista: o Boletim Focus, do Banco Central, prevê superávit de US$ 75 bilhões para este ano.
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