

Essa é a segunda vez que a polícia tenta ouvir Filizola. Ele tinha sido intimado para prestar depoimento no dia 15 de março, mas ele não compareceu à delegacia | Foto: reprodução
Na reta final da eleição para a escolha da nova diretoria da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Ceará (Fecomércio), o candidato Maurício Filizola passa por um constrangimento. Ele foi convocado a depor nesta segunda-feira (04/04), no inquérito da Polícia Civil que investiga a venda de um terreno, localizado na Av. Washington Soares, pelo valor de R$ 6,3 milhões. O caso ocorreu na época em que Filizola presidiu interinamente a Federação.
Essa é a segunda vez que a polícia tenta ouvir Filizola. Ele tinha sido intimado para prestar depoimento no dia 15 de março, mas ele não compareceu à delegacia.
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Maurício Filizola é suspeito de ter desviado parte do dinheiro da compra de um terreno na Avenida Washington Soares. A negociação teria sido intermediada por um advogado, que é amigo pessoal de Filizola. Segundo uma sindicância interna realizada pela Fecomércio, a dona do terreno enviou cheques para pagamento de comissão ao advogado Francisco José Nunes Freitas.
Em um dos depósitos identificados constava a seguinte descrição: “Devolução de valor ao advogado da Fecomércio”. O referido depósito, no valor de R$ 385 mil, foi efetuado na conta da esposa do advogado e amigo do ex-presidente, Francisco José Nunes Freitas. Também foram descobertos um segundo depósito, no valor de R$ 10 mil, na mesma conta; um terceiro depósito, no valor de R$ 40 mil, efetuado na conta de outra pessoa física, com dizeres “Grupo Sesc” e “Depósito Grupo Sesc”, sendo que nenhuma dessas pessoas trabalha ou presta qualquer serviço à instituição. Há ainda outros R$ 200 mil que foram depositados em contas de outras pessoas físicas e que também se tornaram motivo de apuração pelo Sesc-CE.
No dia da primeira intimação, o candidato foi para Brasília, onde esteve com o presidente da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), José Roberto Tadros, que também é investigado no TCU por eventual improbidade em sua atuação no Sesc do Amazonas.
A denúncia sobre a compra do terreno também é alvo de investigação do Tribunal de Contas da União (TCU).
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