

Prefeitura de Porto Alegre intensifica ações preventivas | Foto: Gilvan Rocha/Agência Brasil
25 de junho de 2025 – O nível do Rio Guaíba voltou a ultrapassar a cota de inundação na manhã desta quarta-feira (25), no trecho próximo ao Cais Mauá, no centro histórico de Porto Alegre (RS). De acordo com o monitoramento realizado pelo Departamento de Recursos Hídricos e Saneamento (DRHS), o rio chegou a 3,01 metros, superando por um centímetro o limite de inundação local (3 metros). Até o momento, não houve registros de transbordamento na área.
Próximo à Usina do Gasômetro, cerca de dois quilômetros do Cais Mauá, o nível do Guaíba atingiu 3,44 metros por volta das 7h, iniciando um leve processo de baixa. Às 9h, o volume estava em 3,43 metros, ainda abaixo da cota de inundação, que naquele ponto é de 3,60 metros.
Segundo a Defesa Civil do Rio Grande do Sul, o nível do rio pode voltar a subir nas próximas 24 horas. Isso se deve ao grande volume de chuvas registrado nos últimos três dias nos vales do Taquari e do Caí, que deságuam no Guaíba. Outro fator de atenção é a mudança prevista na direção dos ventos, o que pode aumentar o represamento da água a partir da madrugada desta quinta-feira (25).
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Desde o último dia 20 de junho, quando o Guaíba já havia atingido a cota de inundação, a Prefeitura de Porto Alegre vem adotando medidas emergenciais para reduzir os impactos. Entre elas estão a revisão no sistema de proteção contra cheias, interdições temporárias na orla e a instalação de telas de proteção em trechos críticos do rio.
As 23 casas de bombas da capital, responsáveis por escoar milhares de litros de água por segundo, estão operando normalmente, segundo a prefeitura. Essas estruturas evitam o acúmulo de água em bocas-de-lobo, canais pluviais e poços-de-visita.
Na região metropolitana de Porto Alegre, o Rio dos Sinos também segue em monitoramento. Em São Leopoldo, o nível continua acima da cota de inundação, embora em leve queda. Às 9h desta quarta, o rio estava em 4,89 metros, contra 4,94 metros à meia-noite.
Nos últimos dias, as cheias causaram transtornos em diversas áreas do município. O Museu do Rio, localizado às margens do rio na Rua da Praia, foi atingido pelas águas no terreno, mas o prédio principal não foi invadido. A via próxima ao museu segue parcialmente alagada.
Na segunda-feira (23), o Rio dos Sinos chegou ao pico de 5,25 metros. O volume, apesar de em declínio, ainda inspira cuidados por parte das autoridades.
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