A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou um alerta sobre os produtos com a marca 50 Ervas Emagrecedor, que pode ter causado a morte da enfermeira Mara Abreu, de 42 anos, na madrugada de quinta-feira (03/02), em São Paulo, está proibido no Brasil desde 2020 por não estar regularizado como medicamento.
De acordo com a agência, o comércio de produtos com propriedades terapêuticas não autorizados pela Anvisa é atividade clandestina.
Após ingerir um composto com 50 ervas que promete perda de peso, a enfermeira, que não tinha problemas prévios de saúde, sofreu uma lesão irreversível no fígado e precisou de um transplante de urgência. Mesmo após passar por cirurgia e receber um novo fígado, o corpo da paciente rejeitou o órgão transplantado e ela faleceu.
Segundo a Anvisa, alguns dos ingredientes do suposto emagrecedor têm autorização para uso somente em medicamentos, como fitoterápicos, e não em suplementos alimentares e também não pode ser classificado como alimento. Entre estes componentes estão o chapéu de couro, cavalinha, douradinha, salsa parrilha, carobinha, sene, dente de leão, pau ferro e centelha asiática.
Em seu alerta, a Anvisa explica que “qualquer produto com propriedades terapêuticas, por exemplo, com a promessa de emagrecimento, só pode ser comercializado no Brasil com autorização da Anvisa”. Além disso, o comércio desse tipo de produto só pode acontecer em farmácias ou drogarias, já que substâncias com propriedades terapêuticas são consideradas medicamentos.
>>>>>SIGA O YOUTUBE DO PORTAL TERRA DA LUZ<<<<<
Os familiares da enfermeira encontraram um frasco do 50 Ervas Emagrecedor entre os os pertences de Mara Abreu. O chá em cápsulas é fabricado pela empresa Pro-Ervas.
Após pesquisa no site da Receita Federal, o número de Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ) encontrado na embalagem pertence à empresa Sebastiao Rocha De Souza Ltda. O status do CNPJ, porém, aparece como “baixado”, ou seja, a empresa está extinta. O motivo do encerramento, segundo a situação cadastral, é “Extinção por encerramento por liquidação voluntária”.
A Sebastiao Rocha de Souza Ltda já teve seus produtos apreendidos pela Anvisa em 2012. Na época, a agência determinou a apreensão e suspensão de todos os produtos sujeitos a fiscalização sanitária fabricados pela empresa por ela não possuir Autorização de Funcionamento na Anvisa.
A reportagem do G1 tentou contato com os responsáveis pela empresa, mas o número de telefone registrado no CNPJ não existe.
O nome da empresa vinculada a este CNPJ, Sebastião Rocha de Souza, é também o nome do químico que assina como responsável técnico no rótulo do produto da Pro-Ervas.
A Anvisa disponibiliza informações sobre produtos proibidos e registrados como medicamentos. Para saber se um produto é proibido pela agência, acesse este link. Para saber se um produto é registrado como medicamento, acesse este link.
Com informações da Agência Brasil e G1
Leia também | Medicamento para emagrecimento oferecido na internet como natural esconde risco para a saúde