Internacional Lula comenta tarifas dos EUA e destaca diplomacia econômica no Vietnã Presidente brasileiro fala sobre medidas de Trump e reforça laços comerciais com a Ásia

Às vésperas da imposição de novas tarifas comerciais pelos Estados Unidos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou neste sábado (30) que não hesitará em dialogar com Donald Trump caso julgue necessário. Em coletiva de imprensa, Lula destacou que o Brasil segue negociando com os EUA antes de recorrer a medidas retaliatórias na Organização Mundial do Comércio (OMC).

“Antes de fazer a briga da reciprocidade ou de buscar a OMC, queremos esgotar todas as possibilidades de diálogo para um comércio mais livre”, afirmou Lula.

O presidente também elogiou a iniciativa de Trump em buscar um cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia, afirmando que essa deveria ter sido uma prioridade do governo de Joe Biden. Recentemente, os Estados Unidos intermediaram um acordo para garantir a navegação segura no Mar Negro, permitindo a exportação de grãos e fertilizantes russos e facilitando trocas humanitárias entre os países em conflito.

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Acordos econômicos no Vietnã

As declarações de Lula foram feitas antes de seu retorno ao Brasil, após visitas ao Japão e ao Vietnã. Durante sua passagem pelo país do Sudeste Asiático, o presidente anunciou a abertura do mercado vietnamita para a carne bovina brasileira e o reconhecimento do país como economia de mercado. Além disso, prometeu iniciar negociações para um acordo entre o Mercosul e o Vietnã quando o Brasil assumir a presidência do bloco no segundo semestre.

Lula destacou a importância do Vietnã como porta de entrada para o Brasil na Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean), região de crescimento econômico acelerado. O comércio bilateral entre Brasil e Vietnã atingiu US$ 7,7 bilhões em 2024, com a meta de chegar a US$ 15 bilhões até 2030.

“O Brasil pode ser uma porta de entrada para o Vietnã na América Latina, e o Vietnã pode ser nossa porta de entrada na Asean”, afirmou Lula.

A viagem do presidente reforçou o crescente alinhamento do Brasil com a Ásia, ampliando relações comerciais além da China.

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