Trilhas no meio da floresta, canoagem em rios ou interação com comunidades indígenas, quilombolas e rural. O que não faltam são opções para os turistas que visitam o Brasil, especialmente a Floresta Amazônica. Aliás, o atrativo oferece opções de imersão no local, com experiências culturais, gastronômicas, na natureza e nas comunidades que habitam essa vasta região.
A região possui roteiros que permitem que os viajantes se conectem genuinamente com a Amazônia e o seu povo.
O ministro do Turismo, Celso Sabino, ressalta que o desenvolvimento do Turismo de Experiência é uma das prioridades de sua gestão e que está comprometido em destacar essa abordagem única, especialmente na rica e exuberante região da Amazônia. “Nossa missão é garantir que este segmento na Amazônia seja desenvolvido de forma responsável, considerando a preservação ambiental e a sustentabilidade como pilares centrais. Trabalharemos incansavelmente em parceria com as comunidades locais e organizações de conservação para assegurar que cada experiência seja uma contribuição positiva para os viajantes, para a região, o Brasil e o mundo”, disse.
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No Nordeste do Pará, mais precisamente na cidade de Augusto Corrêa, a antiga Vila de Urumajó, então habitada por índios Tupinambá nos primórdios da história colonial é o nosso ponto de partida. A Rota Amazônia Atlântica, que fez parte de projeto do Ministério do Turismo, dá a oportunidade ao viajante de vivenciar a produção, degustar e adquirir geleias, farinha de mandioca, licores, mel e frutas secas cultivadas em áreas de manejo florestal. O roteiro inclui também o “micoturismo”, a observação noturna de fungos bioluminescentes na floresta, observação de pássaros e banhos nos chamados “igarapés”.
Ainda no Pará, o município de Moju, situado a 120 km de Belém (PA), tem na Terra Quilombola África mais uma opção a estes turistas. Composta por agricultores, seringueiros, pescadores, extravistas e pelos responsáveis pela promoção da atividade de turismo de base comunitária, o projeto integra o Experiências do Brasil Original (EBO), ação que está sendo desenvolvida pelo Ministério do Turismo. A Comunidade oferece trabalhos neste segmento há mais de 20 anos. No território, é possível acompanhar e participar do dia a dia dos moradores que colhem açaí, produzem farinha e extraem o barro para produção do artesanato em cerâmica.
A Pousada Uakari é outro exemplo de experiência na Floresta Amazônica, com a oferta de diversos atrativos com um toque importante de sustentabilidade, que traz um charme a mais ao local. Localizada a 1h30 de lancha do município de Tefé (AM), o hotel possui cinco bangalôs com varanda de frente para o rio e vista para a floresta. Eles flutuam sobre as águas do rio Solimões no meio da maior área de mata de várzea protegida do mundo. Ao todo, são 10 quartos, com capacidade máxima para 24 hóspedes. A estrutura foi pensada para ser o mais sustentável possível.
O local recebeu, inclusive, títulos internacionais. Em 2015, o hotel foi o grande vencedor do Prêmio TOP Sustentabilidade da Braztoa. E, em 2020, o estabelecimento foi usado como estudo de caso no relatório Desenvolvimento Comunitário Inclusivo por Meio do Turismo, desenvolvido pela Organização Mundial do Turismo (OMT), em parceria com o Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC) e apresentado durante reunião de ministros de Turismo do G20 – grupo de países com maior influência no mundo.
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O turista conta com diversas opções para explorar a floresta, aprender sobre a cultura dos índios e das pessoas que vivem perto dos rios e dos seringueiros. Das mais de 36 terras indígenas que estão no estado, várias abrem suas portas para visitantes, como por exemplo os “Puyanawa”, que vivem perto do município de Mâncio Lima, os “Nukini” nas proximidades do Parque Nacional da Serra do Divisor, os “Yawanawá” Ashaninka no Alto Juruá”, os “Shanenawa” em Feijó e os numerosos “Kashinawá”, também conhecidos como Hunî Kuîn, que preferem esse nome.
Outra experiência incrível é fazer trilhas pela floresta. Você pode escolher entre as que são guiadas por moradores locais ou guias de turismo. Uma das melhores opções é explorar a Reserva Extrativista Chico Mendes, que é muito famosa por seus caminhos. O percurso passa por seringais e várias partes da reserva, proporcionando aos caminhantes a chance de experimentar a densa floresta em toda a sua plenitude, com os cheiros e sons da mata e a presença de muitas espécies de animais que compartilham o espaço com seringueiros e coletores de castanha-do-Brasil.
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A iniciativa desenvolvida pelo Ministério do Turismo tem como objetivo promover o turismo de base comunitária e de experiências, valorizando as comunidades indígenas e quilombolas, e ampliando e diversificando a oferta turística brasileira por meio da formatação de experiências turísticas memoráveis e transformativas ofertadas pelos povos originários e comunidades quilombolas em seus territórios.
Por meio do projeto, o MTur pretende transformar a vida das populações mais vulneráveis atendidas na experiência, como jovens, mulheres e demais membros das comunidades quilombolas e povos indígenas, trazendo qualificação, apoio à comercialização de produtos turísticos, bem como a valorização dos recursos naturais e culturais em seus territórios.
Data celebrada anualmente em 5 de setembro, com o objetivo de conscientizar e sensibilizar o mundo sobre a importância desse vasto ecossistema que abriga a maior floresta tropical do planeta, a Amazônia. A data também serve como um lembrete para a necessidade de preservar e proteger a biodiversidade única da região, bem como combater os desafios enfrentados, como o desmatamento, a degradação ambiental e as mudanças climáticas. É uma oportunidade para destacar a riqueza cultural e ambiental da Amazônia, promovendo ações e reflexões que visam garantir um futuro sustentável para essa joia natural que desempenha um papel crucial na estabilidade climática global e na manutenção da vida na Terra.
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