

Descongestionantes nasais: quando o alívio se transforma em dependência | Foto: divulgação
11 de outubro de 2025 — Seja por gripe, rinite ou sinusite, a congestão nasal é um incômodo comum que leva muitas pessoas a recorrerem aos descongestionantes nasais em busca de alívio rápido. No entanto, o uso indevido e prolongado desses medicamentos pode transformar o que parecia uma solução em um verdadeiro problema de saúde.
A farmacêutica e professora do IDOMED, Maria Simone Mignoni, explica que o vício em descongestionantes é real — embora não se trate de uma dependência química, e sim psicológica. “Esses medicamentos são vasoconstritores que reduzem a coriza ao contrair os vasos sanguíneos da mucosa. Quando o efeito passa, ocorre dilatação dos vasos e a congestão volta ainda mais forte. O uso por mais de três dias pode causar dependência, fazendo o paciente sentir medo de ficar sem o medicamento e dificuldade para respirar”, explica a especialista.
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De acordo com Maria Simone, alguns comportamentos indicam o uso problemático do descongestionante nasal, como:
Esses sinais demonstram que o paciente pode ter desenvolvido dependência psicológica, precisando de acompanhamento médico para interromper o uso.
A Anvisa alerta que o tempo máximo recomendado de uso de descongestionantes nasais é de até três dias. Pessoas com doenças cardíacas, hipertensão, distúrbios da tireoide, diabetes, rinite crônica, glaucoma ou problemas urinários devem evitar completamente esse tipo de medicamento.
Como alternativas seguras, sprays de soro fisiológico, nebulizações, umidificação do ambiente e ingestão adequada de líquidos são medidas eficazes para aliviar os sintomas sem riscos à saúde. O uso de antialérgicos ou medicamentos tópicos intranasais também pode ser indicado, sempre com orientação médica.
Mais do que tratar os sintomas, é essencial identificar a causa da obstrução nasal e cuidar da saúde respiratória de forma responsável. Respirar bem é sinônimo de qualidade de vida — e isso deve acontecer sem dependência.
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